Batizada de Irã-Ormuz, a planta será construída na cidade de Sirik, ao sul do país, e terá capacidade de produção de 5 mil megawatts de energia.
O projeto faz parte de um plano nacional para aumentar a capacidade instalada de produção de eletricidade nuclear para 20 mil MW até 2041, segundo a agência de notícias. Recebeu a aprovação do presidente iraniano, Ebrahim Raisi, além de outras 157 iniciativas no campo da indústria e energia.
O país já possui uma usina nuclear de mil megawatts, que entrou em operação com a ajuda da Rússia em 2011, em Bushehr. É o maior projeto conjunto russo-iraniano, capaz de produzir quase 1 gigawatt por hora de eletricidade.
Também está em construção uma usina de 300 megawatts na província de Cuzistão, rica em petróleo, próxima à fronteira ocidental com o Iraque.
Programa nuclear iraniano
O Irã intensificou suas atividades de enriquecimento e armazenamento de urânio a partir de 2019, exatamente um ano após o colapso do acordo nuclear, ou Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês) em 2018, após a retirada unilateral de Washington do acordo. O JCPOA impôs duras restrições ao programa nuclear pacífico do país em troca do levantamento das sanções dos EUA e da Europa.
A administração Biden reiniciou negociações indiretas com o Irã sobre a reativação do acordo nuclear em 2021, mas as conversações estagnaram devido aos esforços dos EUA para impor condições adicionais ao pacto e à recusa de Washington em levantar a designação de terrorismo contra o Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica do Irã.
A nação espera produzir 20 mil megawatts de energia nuclear até 2041.
As atividades nucleares do Irã levaram Israel, principal aliado dos EUA no Oriente Médio, a afirmar que Teerã está acumulando materiais para construir uma bomba nuclear – uma afirmação que Tel Aviv tem repetido incansavelmente durante mais de uma década.
A República Islâmica do Irã nega qualquer ambição de desenvolver armas nucleares, citando fátuas (decisões legais religiosas), emitidas pelos seus líderes supremos, considerando que tais armas são contra os preceitos islâmicos.
Em meados da década de 1990, o país destruiu os seus estoques de armas químicas e aderiu à Convenção sobre Armas Químicas. O país também nunca utilizou arsenal químico durante a Guerra Irã-Iraque de 1980-1988, apesar de ter o direito legal permitido pelo direito internacional devido aos repetidos ataques iraquianos contra tropas e cidades iranianas.
Fonte: sputniknewsbrasil