O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial do Brasil, apresentou uma alta de 0,30% em julho, conforme divulgado nesta quinta-feira (25) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O principal destaque deste mês foi o grupo de Transportes, que registrou um aumento de 1,12%, contribuindo com 0,23 ponto percentual (p.p.) para o índice geral. As passagens aéreas subiram 19,21% em julho, representando sozinhas 0,12 p.p. do índice. A gasolina também se destacou, com uma alta de 1,43%, contribuindo com 0,07 p.p. para o indicador.
Em comparação com o mês anterior, quando o índice registrou um aumento de 0,39%, houve uma desaceleração de 0,09 p.p. Em julho de 2023, o IPCA-15 havia registrado uma deflação de 0,07%.
Com os resultados deste mês, o IPCA-15 acumulou uma alta de 4,45% nos últimos 12 meses. No acumulado do ano, o índice subiu 2,82%.
O resultado ficou acima das expectativas do mercado financeiro, que previa um aumento de 0,23% para o IPCA-15 em julho.
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE, sete registraram alta em julho. Além dos Transportes, o grupo de Habitação teve a maior alta percentual entre os grupos, com um aumento de 0,49% e impacto de 0,07 p.p. no índice geral.
O grupo de Alimentação e Bebidas apresentou uma queda de 0,44% em julho, a primeira deflação do grupo em oito meses. Esse resultado foi influenciado pelo impacto das condições climáticas adversas, como o fenômeno El Niño, e pelas enchentes no Rio Grande do Sul, que afetaram a produção de diversos produtos agrícolas, como o arroz.
No subgrupo Alimentação no domicílio, houve uma deflação de 0,70%. Contribuíram para esse resultado as quedas nos preços da cenoura (-21,60%), do tomate (-17,94%), da cebola (-7,89%) e das frutas (-2,88%). Por outro lado, houve alta nos preços do leite longa vida (2,58%) e do café moído (2,54%).
A Alimentação fora do domicílio teve uma alta de 0,25%, embora com uma desaceleração em relação ao mês anterior (0,59%). Isso se deveu a aumentos mais moderados nos preços de lanches (de 0,80% para 0,24%) e refeições (de 0,51% para 0,23%).
A gasolina foi o segundo item com maior impacto no IPCA-15 de julho. No início do mês, a Petrobras reajustou os preços da gasolina e do gás de cozinha para as distribuidoras. O último reajuste de preços da gasolina pela Petrobras havia sido em outubro de 2023.
Como resultado, o preço médio do litro de gasolina nos postos, de acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), aumentou quase 5% nas últimas duas semanas. O combustível foi vendido, em média, a R$ 6,13, o maior valor registrado no governo Lula (PT). O preço máximo da gasolina encontrado nos postos chegou a R$ 7,99, segundo a ANP.
Fonte: gazetabrasil