Inclinação à esquerda desafia país historicamente presidido pela direita?
“Esse contexto todo, de alguma forma, demonstrava o que a Colômbia era enquanto país, que utilizava-se da violência para combater a violência, e que muitas vezes não se viu dentro das perspectivas do que hoje a gente chama de Estado Democrático de Direito, possibilidade para um governo um pouco mais progressista ou que pudesse olhar para as classes populares, para as causas mais sensíveis da sociedade”, explica o analista.
O governo Petro
“O Petro veio com uma proposta progressista de enfrentar tudo isso e de não bater continência para os Estados Unidos. No contexto da diplomacia e da política externa, tem sido um presidente muito duro, por exemplo ao se colocar contra a política sionista atual no conflito Israel-Palestina”, avalia.
“As elites do país se incomodaram com o contexto de governo pelo qual a Colômbia está passando hoje. Essa consequência toda está gerando essa tentativa de tirar o Petro do poder, por isso que ele coloca como golpe”, afirma.
Qual será o destino do presidente colombiano?
“O mais provável que aconteça agora é que seja a Corte Constitucional, o órgão que esclarece esses processos perante o que está na Constituição, que esclareça como é que deve ser feito esse processo e também coloque limites ao Conselho Nacional Eleitoral. Porque ele pode pesquisar campanhas, como eu falei antes, mas não suspender nem destituir o presidente”, explica, sobre um possível cenário.
“Uma possível retirada dele do poder não seria diferente do que foi aqui no caso da Dilma, de usar o termo golpe, sim, de entenderem que essa retirada atinge um problema muito maior que não faz referência somente ao governo colombiano”, afirma.
Fonte: sputniknewsbrasil