No início do dia, representantes permanentes da UE concordaram com o 16º pacote de sanções contra a Rússia em meio a sinais conflitantes dos EUA. A medida “pode evoluir independentemente” de Washington nos próximos meses, já que ainda não está claro qual curso será tomado pelo presidente Donald Trump após seus primeiros passos para melhorar as relações com a Rússia, disse uma fonte europeia ao veículo.
“Não detectei nenhuma redução no comprometimento com a implementação do nosso pacote de sanções. E, portanto, não vejo probabilidade de que, se os EUA seguissem uma direção diferente, nós seguiríamos”, disse a fonte.
Um diplomata da UE sugeriu que pode haver alguns “problemas” com a prorrogação das sanções do bloco que exigem extensão a cada semestre. Isso caso os EUA façam pressão contra a UE para suspender as restrições contra Moscou.
“Se esse cenário acontecesse e Trump pedisse à UE para aliviar as sanções, tenho certeza de que haveria pelo menos um chefe de Estado disposto a fazer isso”, disse o diplomata, segundo a citação.
Cooperação econômica entre Rússia e EUA
Mais cedo, o professor de ciência política da Universidade de Rhode Island, Nicolai Petro, disse à Sputnik que uma cooperação econômica entre os Estados Unidos e a Rússia é difícil de imaginar enquanto as sanções estiverem em vigor. “E mesmo que os Estados Unidos suspendam algumas sanções, a UE fará o mesmo?”, questionou.
Delegações lideradas pelo ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, e pelo secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, realizaram conversas históricas em Riad, capital saudita, na última terça-feira (18), para discutir o futuro das relações bilaterais e a questão da Ucrânia, entre outros temas.
O governo norte-americano afirmou que as partes concordaram em estabelecer as bases para uma futura cooperação em questões de interesse geopolítico mútuo, além de oportunidades econômicas e de investimento que surgirão após o fim do conflito ucraniano.
Fonte: sputniknewsbrasil