“O pensamento foi não abrir mais uma frente de controvérsia. Tem a questão da Ucrânia, crise na Europa, crescimento do BRICS e descontentamento do Sul Global com as políticas de Washington. A Venezuela é secundária. Então por qual motivo os Estados Unidos vão querer aumentar essa fonte de atrito?”, questiona o especialista.
Investimentos na produção de petróleo venezuelano
“Washington não conseguiu derrubar Maduro por uma variável que eles não calculavam. Com todos os problemas, Maduro tem, de fato, apoio interno significativo. Não é só um apoio popular, mas é um apoio cadente”, disse.
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“Esse pode ser um trunfo para intermediar uma eventual suspensão das sanções. Contudo, para que isso ocorra, certas garantias provavelmente serão exigidas por parte dos Estados Unidos. É aqui que o papel do Brasil pode ser fundamental: encontrar os termos corretos para que ambas as partes se sintam satisfeitas, sobretudo considerando a eleição presidencial que se aproxima.”
Um mundo cada vez mais multipolar
“A maneira de dialogar com outros Estados, regionalmente e internacionalmente, parece se adaptar aos novos ventos da política internacional, que não conta com apenas um grande ator antagônico, mas com diversos outros competidores por influência, negócios e circulação de valores. Adaptar-se às novas necessidades é algo que toda grande potência soube fazer ao longo da história”, frisa.
Fonte: sputniknewsbrasil