Maior patamar desde 2020, a Intenção de Consumo das Famílias (ICF) cresceu 3,1% em abril, em relação ao mês anterior, atingindo 97,1 pontos, divulgou, nesta quarta-feira (19), a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). No comparativo anual, a alta é mais expressiva, de 23,7%.
A desaceleração recente da inflação é a explicação da CNC para a retomada do otimismo dos consumidores. “Entre as causas do maior otimismo está a evolução da inflação, que surpreendeu positivamente em março. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) anual alcançou 4,65%, abaixo do esperado pelo mercado e dentro do intervalo da meta de inflação do Banco Central, que é de 4,75%. Além disso, a inflação de serviços caiu, e o índice de difusão, que representa a quantidade de itens que tiveram aumento de preços, é o segundo menor desde agosto de 2020″, analisa a nota divulgada pela Confederação.
Outro dado relevante da tendência positiva é o fato de que, entre os indicadores que compõem o ICF, o nível de consumo atual apresentou alta de 4,8% neste mês, ante março, considerado pela entidade o ‘mais expressivo desde maio de 2018’.
Sobre o componente ‘momento para duráveis’, a entidade comentou que o salto de 6,2%, verificado em abril corrente decorre uma base de comparação muito baixa, como subíndice se situando em 55,8 pontos, muito aquém dos demais componentes.
Ao mesmo tempo, os números positivos do mercado de trabalho também foram determinantes para a alta de 1,3% do componente ‘emprego atual’ neste mês em relação a março, indo a 124,4 pontos.
“A contínua geração de vagas formais e contratação de pessoas com menor nível de escolaridade pelo setor de serviços fez o índice alcançar o maior nível entre todos os indicadores da pesquisa”, acrescenta a nota da CNC.
Em que pese o maior consumo familiar, não se pode deixar de comentar o alto nível de endividamento das famílias que chegou a 78,3%, em fevereiro ante janeiro deste ano.
Fonte: capitalist
