Instituto São Lucas atrasa pagamento e médicos decidem por paralisação


Uma onda de críticas direcionadas ao Instituto São Lucas não se restringe apenas à péssima qualidade dos serviços prestados em diversos municípios de Mato Grosso.

Em São José do Rio Claro, vereadores ameaçam instalar uma CPI para investigar o contrato milionário que o instituto, classificado como arremedo de OSCIP, mantém com a prefeitura, alegando que isso poderia precarizar ainda mais a saúde pública local.

Já em Campo Verde, segundo denúncias frequentes, os serviços prestados pelo Instituto São Lucas vêm de mal a pior, com prejuízos inclusive para vidas humanas.

Agora, surge uma denúncia de atraso no pagamento de médicos em Peixoto de Azevedo.

De acordo com um Comunicado Coletivo de Afastamento de Escala Médica, ao qual a reportagem teve acesso, o instituto não tem conseguido regularizar a folha de pagamento, mantendo um atraso salarial de vários meses.

Diante dessa situação insustentável, os profissionais emitiram um documento informando o afastamento coletivo da escala médica na UPA Charles Frederico Fumieri e na UPA do Distrito de União do Norte, a partir do dia 18 de abril de 2024.

A gravidade da situação dos médicos tem respaldo no Código de Ética Médica do CRM.

Enquanto o São Lucas não regularizar o pagamento dos profissionais, o serviço de saúde fica comprometido, deixando a população exposta à desassistência médica. No documento, os médicos escreveram: “Nós, médicos contratados do Instituto Social de Saúde São Lucas, comunicamos o nosso descontentamento em relação aos atrasos nos pagamentos salariais, dos pagamentos parciais, quando estes ocorrem, e da falta de previsão de regularização por parte do Instituto.”

A situação levanta preocupações quanto à dignidade do trabalho médico e à segurança dos pacientes.

Os médicos citaram o direito do médico, segundo o Código de Ética Médica, de recusar-se a exercer sua profissão em instituições que não ofereçam condições adequadas de trabalho ou remuneração digna e justa.

Com isso, a descontinuidade na prestação dos serviços médicos nessas unidades de saúde coloca em risco o atendimento à população e ressalta a necessidade urgente de medidas para solucionar os problemas enfrentados pelo Instituto São Lucas.

Fonte: abroncapopular

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