“Os avanços que a Argentina tem conquistado se produziram com os apoios contundentes que a maioria dos países do mundo expressou em favor do cumprimento das resoluções da ONU“, declarou. “A reticência do Reino Unido é notória e implica em uma violação flagrante do direito internacional”, aponta.
Crise no Reino Unido
“Para a Argentina é muito importante levar em conta o que acontece no contexto internacional para [reivindicar] o exercício pleno de soberania [sobre as Malvinas]. […] O Reino Unido está vivendo uma série de comoções políticas que tem que ver com uma instabilidade política expressada pelo fracasso de sucessivos governos conservadores e também com a morte da rainha […] e, principalmente, [está lidando com] os aspectos que têm a ver com as tensões que o Reino Unido mantém com a União Europeia. […] Ao Reino Unido não resta outra alternativa a não ser seguir o direito internacional”, afirma o embaixador.
“O avanço dessa pauta é extremamente difícil porque não é considerado uma questão central no jogo internacional. Não é algo que mexa com grandes interesses ou gere grande instabilidade política. Por si só, isso já explica porque é um tema tão difícil de discussão”, disse o historiador à Sputnik Brasil.
“Mas não vejo mudança, não está na pauta. Claro, tudo pode mudar. Mas nesse contexto, não vejo.”
Novas revelações sobre a Guerra das Malvinas
“Para a Inglaterra, não há discussão. Para eles, as ilhas são britânicas, de população britânica — colocada lá no século XIX. Não é um ponto [de discussão] para a Inglaterra. Não é visto como um tema em aberto.”