Inspirado no Pix 100% nacional, FedNow começa a operar nos EUA


Sucesso absoluto no Brasil, o Pix concebido pelo nosso Banco Central (BC) conquistou de vez a ‘Terra do Tio Sam’. Essa é a conclusão lógica do anúncio, feito nesta quinta-feira (20), pelo Federal Reserve – bc ianque – quanto ao início das operações com o ‘irmão gêmeo’ do nosso sistema de pagamentos instantâneos, rebatizado de FedNow, mas que reserva as mesmas características e funcionalidades do similar tupiniquim.

Idealizado em 2019, o FedNow tem como apelo a ‘agilização significativa’ do processo de transferência de dinheiro na pátria da bandeira estrelada. Em seu primeiro comunicado, o Fed acentua que, na primeira fase, a ferramenta só será disponibilizada a um grupo seleto de 35 bancos e cooperativas de crédito, sem contar a participação de uma área específica do Departamento do Tesouro dos EUA. Segundo nota emitida pela autoridade monetária estadunidense, o FedNow tem como princípio “permitir que usuários transfiram recursos, a qualquer hora, a qualquer dia do ano”.

Menos avançado tecnologicamente que o Brasil no setor bancário, atualmente os estadunidenses são impedidos de realizar pagamentos nos finais de semana, tendo, ainda por cima, que aguardar dias para que o dinheiro da transação fique, enfim, disponível ao destinatário. Neste aspecto, diretores do Fed já adiantaram que ‘não há prazo’ para que todas as facilidades da universalização dos serviços proporcionados pela ferramenta instantânea, por lá, estejam acessíveis a todos.

A respeito dos primeiros passos para implantação do gêmeo ianque do Pix, o presidente do Fed, Jerome Powell acentuou que  “o Federal Reserve criou o FedNow Service para ajudar a fazer pagamentos diários nos próximos anos de maneira mais rápida e conveniente”, acrescentando que “com o tempo, à medida que mais bancos optarem por usar essa nova ferramenta, os benefícios para indivíduos e empresas incluirão permitir que uma pessoa receba um contracheque imediatamente ou uma empresa acesse fundos instantaneamente quando uma fatura for paga”, acrescentou.

Com a implantação do FedNow, a expectativa do mercado é que o padrão dos serviços financeiros dos EUA fique ‘em linha’ com os de outras nações, como Reino Unido, Índia, Brasil e União Europeia, que, há anos, oferecem as mesmas facilidades.

A princípio, o FedNow contará com a certificação de 41 bancos e 15 provedores de serviços, autorizados para prestar o serviço, o que inclui bancos de pequeno porte, ao lado de grandes credores como JPMorgan Chase, Bank of New York Mellon e US Bancorp. A ideia do Fed, porém, é de agregar mais bancos e cooperativas de crédito, ainda neste ano.

Fonte: capitalist

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