Inspetora da Escola Welson Mesquita nega apropriação de celular e se diz injustiçada


Da Redação

A Bronca Popular

No dia 27 de junho, a página “Bronca Popular” no Instagram publicou um vídeo mostrando estudantes em protesto contra a exoneração de uma inspetora da Escola Estadual Professor Welson Mesquita.

Segundo mães que esclareceram os motivos da demissão, um aluno esqueceu seu celular na sala de aula e, ao retornar, não encontrou o aparelho. As gravações de segurança mostraram a inspetora colocando o celular no bolso.

Confrontada com as imagens, ela devolveu o aparelho, alegando tê-lo esquecido. O diretor da escola relatou o incidente à Secretaria Estadual de Educação (SEDUC), que resultou na exoneração da servidora. A Polícia Judiciária Civil está investigando o caso.

Após a reportagem, diversos alunos entraram em contato com a redação para defender a honradez e o caráter da inspetora, destacando sua excelência no trabalho realizado há mais de dez anos.

A inspetora, que preferiu não se identificar, entrou em contato para expor sua versão dos fatos.

Em mensagem enviada pelo aplicativo WhatsApp, ela afirmou:

Venho através dessa nota expor meu repúdio a diversas mentiras, calúnias, difamação e injúria contra a minha pessoa. Sou agente de pátio na Escola Prof. Welson Mesquita de Oliveira e não me apropriei nem roubei o celular. Esqueci de entregá-lo no mesmo dia devido à correria do dia.

As imagens recortadas das câmeras mostram eu colocando o aparelho no bolso, mas isso não significa que eu tenha roubado. Como inspetora, já encontrei vários celulares e pertences de alunos, e tudo sempre é devolvido ao dono.

No dia do fato, coloquei o celular, que havia sido escondido por outros alunos, no bolso para atender a uma ligação pelo rádio e fui abrir o portão. Os superiores foram informados que eu estava indo para a coordenação devolver o celular. Esqueci de entregá-lo e ele foi devolvido no dia seguinte.

Estou sendo acusada por algo que não cometi.

Estou sem emprego e com minha imagem, caráter e dignidade manchados.

Tenho mais de 40 anos e uma conduta impecável.

Sempre tratei todos os estudantes com respeito, amor, carinho e dedicação. Um celular não tem importância para mim comparado ao respeito e afeto que recebo há mais de 13 anos na instituição. Conheço a maioria dos alunos e jamais cometeria um crime tão grave.

Além disso, estão me acusando de incitar os alunos a vandalizar a escola e protestar contra minha demissão. Estão duvidando da capacidade dos alunos, ensinados a serem protagonistas de suas ações, dizendo que eles não são capazes de fazer manifestos e abaixo-assinados contra um gestor que se mostra ditador e homofóbico.

O diretor age de modo truculento, mesmo já respondendo a um processo na SEDUC. Houve intimidação aos alunos que participaram do movimento contra ele, com ameaças de expulsão, suspensão e transferência da escola.

Estão me acusando de aliciar menores a fazer manifestação, mas não tinha conhecimento de todos esses atos, que são um direito legal. Fazer abaixo-assinado não é crime; é uma forma de expressar insatisfação.

Fui mandada embora com ameaças de chamar a polícia, sem saber o porquê. Tenho provas e várias testemunhas da minha idoneidade, caráter e dignidade.

Fui proibida de entrar na escola, de me defender e de dar minha versão dos fatos. Minha história e carreira estão sendo acabadas por um ditador.

Finalizo perguntando: que Brasil é esse? Que democracia é essa onde o perseguidor é inocente e o inocente é culpado, julgado e injustiçado?

Fonte: abroncapopular

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