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O Brasil registrou 68.635 focos de queimadas em agosto de 2024, de acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Esse é o maior número para o mês desde 2010, quando foram registrados 91.085 focos, e o quinto pior resultado na série histórica iniciada em 1998.
Em comparação ao mesmo período do ano anterior, que contabilizou 28.056 queimadas em agosto, houve um aumento de 144%. Agosto marca tradicionalmente o início da temporada de queimadas no Brasil, que se estende até outubro, com o pico geralmente ocorrendo em setembro.
No acumulado de 2024, o total de queimadas também é o maior dos últimos 14 anos, com 127.051 focos – 54% deles apenas em agosto. Os estados de Mato Grosso, Pará e Amazonas lideram o ranking, concentrando 56% dos incêndios no país. Esses estados estão localizados na Amazônia Legal, que concentra 49,7% dos focos, e, parcialmente, no Pantanal, que responde por 30,9% dos registros.
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) prevê que ambos os biomas continuarão em situação crítica nos próximos dois meses.
Até 31 de agosto, os focos de calor por bioma foram distribuídos da seguinte forma: Amazônia com 63.189 registros, Cerrado com 39.312, Mata Atlântica com 11.699, Pantanal com 9.167, Caatinga com 3.381, e Pampa com 303.
Corumbá (MS) foi o município mais afetado, com 4.395 focos, seguido por Apuí (AM), com 3.769, e São Félix do Xingu (PA), com 3.088 queimadas.
Na última semana, o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) informou que 16 estados e o Distrito Federal enfrentaram, em 2024, o período mais seco dos últimos 44 anos, o que tem dificultado o controle dos incêndios.
Fonte: gazetabrasil