Iniciativas selecionadas para programa de aceleração do Governo de MT e Oi Futuro são divulgadas


Os 20 negócios ou organizações que participarão da segunda edição do edital MOVE_MT, programa de aceleração de negócios criativos, de inovação e de impacto social, já foram selecionados. Com um ciclo de aceleração de seis meses de duração, o programa é realizado pela Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel-MT) em parceria com o Instituto Oi Futuro. Os escolhidos são de diferentes municípios mato-grossenses. 

“O MOVE_MT trouxe grandes resultados com os projetos acelerados na primeira edição e agora se consolida ainda mais como o programa propulsor da economia criativa em Mato Grosso. Parabéns aos projetos selecionados nessa segunda edição. E contem com nossa equipe da Secel e a parceria do Oi Futuro nessa caminhada de desenvolvimento de seus negócios criativos”, celebra o secretário da secretário de Cultura, Esporte e Lazer de Mato Grosso, Jefferson Carvalho Neves.
 

Criado para impulsionar empreendedores e líderes do setor que desenvolvem negócios ou projetos com potencial de transformação social em Mato Grosso, o programa tem a diversidade como marca. Dos selecionados, 60% se identificam como pretos ou pardos, 65% são mulheres e 25% são pessoas da comunidade LGBTQIA+. 

O grupo inclui ainda projetos representados por pessoas com deficiência, indígenas e ciganos, e 45% das ações selecionadas acontecem em municípios fora da Região Metropolitana, ampliando acesso e fomentando a cultura criativa também em comunidades ribeirinhas e no interior do Estado.
 

Ao todo serão oferecidas 1.700 horas de capacitação e mentorias em gestão, inovação, impacto social, criatividade e comunicação. Ao final da jornada, serão distribuídos, a título de apoio financeiro, cerca de R$ 350 mil entre as cinco iniciativas mais bem avaliadas na aceleração. Essas iniciativas serão convidadas a realizar um intercâmbio no Lab Oi Futuro, no Rio de Janeiro, em que farão uma imersão no ecossistema da economia criativa da cidade.

“Com o segundo ciclo do MOVE_MT, conseguimos ampliar nosso impacto e levar inovação a novos territórios, valorizando a diversidade como potência de desenvolvimento e transformação social. O Oi Futuro segue no propósito de impulsionar empreendedores da economia criativa em todo o país e pretende replicar o modelo de sucesso do MOVE_MT para outros estados brasileiros com novos parceiros”, afirma Carla Uller, gerente Executiva de Programas e Projetos do Oi Futuro.
 

Confira abaixo a lista completa das iniciativas selecionadas:

  • Casa de Cultura Silva Freire (Cuiabá): Sediada no entorno do Centro Histórico de Cuiabá, a ONG faz a gestão do acervo do poeta Benedito Sant’Anna da Silva Freire e atende centenas de estudantes, professores e pesquisadores por meio de seu Programa Educativo.
  • Núcleo de Artes Cênicas Tradição Cigana (Cuiabá): Atua no registro e divulgação dos saberes dos povos ciganos e no fortalecimento, conservação e manutenção das culturas e identidades das etnias ciganas Kalon, Rom e Sinti. Oferece formação em dança e teatro para pessoas ciganas de Rondonópolis, maior comunidade cigana de MT. 
  • Hip Hop Atemporal (Cuiabá): O coletivo Favelativa reúne jovens periféricos, especialmente do movimento hip hop, para desenvolver projetos, oficinas culturais e eventos voltados para a juventude negra e periférica de Mato Grosso. 
  • Pé de Folclore – Cáceres, Rios e Lendas (Cáceres): Tem como objetivo manter as manifestações culturais populares em Cáceres, como Siriri, Cururu e Festas de Santo por meio das artes cênicas (dança, música e teatro) e do incentivo às manifestações populares. 
  • Empreendedores Criativos do Mato Grosso (Cuiabá): Grupo de empreendedores criativos da cultura – músicos, artistas plásticos e contadores de histórias – que se uniram com o objetivo de atender as regiões periféricas da cidade. Realizam projetos de musicalização, ateliê popular de artes plásticas, incentivo à leitura e escrita criativa, empreendedorismo juvenil e empoderamento feminino.
  • Arteagro (Campo Verde): Confecção e comercialização de peças de artesanato a partir de restos de algodão e palha de milho perdidos nas colheitas. O projeto trabalha o desenvolvimento artístico, social e cultural, a empregabilidade, o empreendedorismo, a geração de renda e a transformação de perdas em inovação.
  • Cidadão Oddly (Cuiabá): Produtora independente de eventos LGBTQIA+ em Cuiabá. Atua também na capacitação de travestis e transexuais para inserção no mercado de trabalho.
  • Rua Antiga (Chapada dos Guimarães): O negócio, que começou como um sebo itinerante, ganhou endereço fixo e passou a funcionar como Espaço Cultural Metade Cheio, que promove a memória regional por meio da literatura e da música. Além de comercializar produtos culturais, promove ações de fomento à leitura e exposições. 
  • Apoio à Cadeia de Valor do Cacau no Noroeste de MT (Juína): O projeto visa levar conhecimento e assistência técnica aos produtores locais, estabelecendo parcerias diretas, remuneração justa e enfatizando a importância da qualidade do cacau para a produção de chocolates artesanais.
  • Loja Karajá (Santa Terezinha): Criada pela comunidade indígena Karajá da Aldeia Itxalá, a organização desenvolve projetos sustentáveis. O projeto propõe a criação de sistema de venda de artesanato Karajá e a qualificação de jovens indígenas para trabalhar com ferramentas de venda on-line.
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  • Tece Arte (Cuiabá): Coletivo de 55 mulheres empreendedoras que produzem peças artesanais únicas e comercializam para turistas e lojistas. A iniciativa tem como objetivo utilizar conhecimentos tradicionais para agregar valor aos produtos artesanais e promover desenvolvimento sustentável na comunidade.
  • Rede de Comercialização Social Solidária – RECOSS (Aripuanã): Busca criar um ambiente de negócios para agricultores familiares, agroextrativistas, grupos indígenas, artesãos e outros, conectando com consumidores por meio de um aplicativo.
  • Produtora Audiovisual Quariterê (Cuiabá): Nasceu como um desdobramento do Aquilombamento Audiovisual Quariterê, formado por negros e indígenas. Tem como objetivo desenvolver produções culturais e artísticas e participar do desenvolvimento de políticas afirmativas no mercado audiovisual.
  • Grupo Tibanaré(Cuiabá): Coletivo de teatro criado em 2006 na periferia de Cuiabá, com foco na cultura popular regional. Realizam espetáculos, ações formativas e festivais em espaços não-convencionais, buscando alcançar pessoas com pouco acesso à cultura.
  • AMFMT (Várzea Grande): A organização oferece oficinas de manifestações populares tradicionais, em que produz figurinos e artefatos regionais, como violas de cocho, mocho, ganzá e produtos da culinária regional. Também realiza apresentações cênicas na Região Metropolitana do Vale do Rio Cuiabá.
  • Afrotours: A primeira agência de turismo afro de MT (Poconé): Propõe experiências em comunidades quilombolas na região do Pantanal, desconstruindo a imagem de um Pantanal apenas direcionada à fauna e à flora, ao mesmo tempo em que escuta as necessidades e histórias das comunidades e comercializa essas experiências fazendo com que as comunidades sejam vistas e tenham um retorno financeiro.
  • Bodega Pantaneira – Loja Colaborativa (Santo Antônio do Leverger): Promove o ecoturismo associado à comercialização de produtos oriundos da região pantaneira, dando visibilidade aos artesãos e mestres da cultura popular na região.
  • O Universo “E Outros Bichos” (Chapada dos Guimarães): O projeto propõe o desenvolvimento de uma ação transmídia a partir da série “E Outros Bichos”, com quatro temporadas relacionadas a diferentes regiões do Brasil. A trama envolve a descoberta de seres míticos por pré-adolescentes e sua jornada para proteger o meio ambiente.
  • Na Floresta (Chapada dos Guimarães): O negócio criativo produz artigos de papelaria, embalagens biodegradáveis e outros produtos a partir de resíduos de bananeiras. Pretendem criar a Escola da Banana, para capacitar comunidades vulneráveis na criação de produtos variados a partir das bananeiras. 
  • Lista Negra Podcast (Cuiabá): O podcast tem como objetivo dar visibilidade a profissionais negros e discutir questões sociais e culturais que afetam a população negra. Composto por mulheres da periferia de Cuiabá, o podcast busca conscientizar e promover ações e mudanças positivas relacionadas à diversidade e à inclusão. 
     

 O programa MOVE_MT

Após o sucesso da primeira edição, o MOVE_MT 2 recebeu 116 inscrições de todas as regiões do Estado, com uma grande adesão marcada pela diversidade: dos inscritos, 65,5% se identificaram como pretos ou pardos, 57% são mulheres e 36% são sediados fora da região metropolitana de Cuiabá.

O processo de seleção do MOVE_MT envolveu uma comissão formada por especialistas externos, representantes da Secel-MT e do Oi Futuro, que avaliou as iniciativas inscritas levando em conta seu histórico, a consistência do projeto, o problema social que busca resolver e o perfil do empreendedor. 

Além da seleção para o ciclo de aceleração, o MOVE_MT 2 realizou dois workshops de estruturação de projetos para o público geral, em março e abril, que beneficiaram 107 empreendedores locais. Em maio, o programa promoveu um seminário na sede do FIEMT, voltado para empresários e grandes investidores, para fortalecer o ecossistema da economia criativa em Mato Grosso.

Promovida em 2022, a primeira edição do MOVE_MT ofereceu formação e aceleração a 30 negócios e projetos da economia criativa, totalizando cerca de duas mil horas de capacitações e mentorias em Gestão, Tecnologia, Economia Criativa e Impacto Social. O programa distribuiu cerca de R$ 320 mil em prêmios para as iniciativas mais bem avaliadas e promoveu um intercâmbio no Lab Oi Futuro, no Rio de Janeiro, para nove negócios participantes. 

*Com Assessoria da Oi Futuro

Fonte: @secelmt

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