Influenciadores brasileiros reconhecem a Rússia como peça fundamental para derrota do nazismo


Organizado pela Rosmolodezh junto com a Direção do Festival Mundial da Juventude, Rospatriottsentr, VOD Volontery Pobedy e o programa “Mais que a viagem”, o blog tour temático pelos 80 anos da Vitória na Grande Guerra pela Pátria proporciona aos seus visitantes uma perspectiva histórica muitas vezes negligenciada pelo Ocidente.
O influenciador Pedro Daher, que tem contas no YouTube e TikTok e teve seus vídeos de “mapas falantes” com conteúdos de geopolítica contemporânea e fatos históricos viralizados, contou que quando percebeu que seus vídeos tinham atingido grandes proporções, percebeu a responsabilidade de falar de temas tão complexos.
“Acredito que nós, enquanto criadores — especialmente aqueles com números grandes —, não devemos usar essa visibilidade apenas como forma de mero entretenimento.”
Pedro argumenta que o jovem hoje consome história pelas redes sociais e que é preciso se adaptar a esta nova realidade. Ele viu na possibilidade de ver de perto as celebrações do Dia da Vitória uma oportunidade de produzir conteúdo acessível, mas verídico.
Para o blogueiro, o Brasil poderia aprender com a Rússia sobre a preservação da própria história. “Temos que preservar a nossa história, a nossa participação da mesma forma que a Rússia tem esse esforço muito grande de preservar suas raízes histórias.”
O Brasil tem uma educação que é muito voltada para um viés muito ocidental”, avalia. “Se esquecemos o nosso passado, esquecemos os nossos ancestrais. Se esquecemos nossos ancestrais, esquecemos quem nos somos”, diz Daher.

“E é triste, porque durante a minha educação eu não aprendi absolutamente nada sobre [a Força] Expedicionária Brasileira, sobre a FEB, que, por mais que tenha sido uma participação pequena, foi uma participação importante.”

Caio Barroso, outro influenciador digital brasileiro que aproveitou o momento das celebrações para visitar a Rússia, destacou o modo com que o conflito com apresentado, a partir de uma experiência “humanista”, demonstra que a que uma guerra “nunca deveria ser uma solução, uma resposta”.
“Comparando o jeito tradicional de se ver e entender, e ter experiência sobre grandes conflitos, de tentar apavorar pelo número, a própria exposição do cenário, por si só, para mim, me trouxe uma experiência muito mais humanística”, afirmou.
Caio acredita que a lembrança russa sobre o evento se deve explicitamente ao tamanho de sua participação decisiva no conflito, e acredita que o Brasil deveria ampliar mais a percepção de sua participação e a memória sobre a guerra. Ele acredita ainda, que existe um grande perigo em se permitir que a história seja reescrita ao invés de preservada.
“[…] Para mim, isso é claramente um enorme perigo, porque, no momento em que nós nos permitimos a reescrever a história, não há limite até quanto isso pode ser feito. E quando vemos também os dados, a participação soviética, não só no quesito de quantidade de armamentos, mas também de mortes e de libertação de territórios ocupados pelos alemães, a União Soviética foi a que, utilizando uma expressão carioca, por eu ser do Rio [de Janeiro], carregou a Segunda Guerra Mundial”, concluiu.
Os influenciadores também foram convidados a refletir sobre a participação do Brasil no BRICS — no ano de sua presidência pró-tempore — e o papel que o grupo possui para a geopolítica mundial. Para Caio, o BRICS “é uma força política e econômica que busca materializar em um bloco, servir de força contra-hegemônica para poder gerar, assim, um mundo multipolar”, algo corroborado por Pedro, que disse se sentir animado com a presidência do Brasil e espera continuar vendo o multilateralismo ser defendido pelo grupo.
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Fonte: sputniknewsbrasil

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