Embora a inflação tenha recuado nas seis categorias de renda domiciliar estudadas, a maior desaceleração foi registrada entre as famílias de renda alta (maior do que R$ 21.059,92), quando a inflação de junho para essa faixa foi de 0,04% frente a 0,46%, em maio. A queda das tarifas aéreas (-9,9%) e dos transportes por aplicativo (-2,8%) foram as principais influências para esse resultado.
O levantamento sobre Inflação por faixa de renda também revela que o grupo que exerceu a maior pressão inflacionária, segundo o IPEA, foi o de alimentos e bebidas. O grupo de saúde e cuidados pessoais também teve peso significativo para todas as classes de renda.
Os preços mais elevados foram do arroz (2,3%), tubérculos (2%) e leites e derivados (3,8%). Houve deflação para frutas (-2,6%), carnes (-0,47%) e aves e ovos (-0,34%).
No grupo saúde e cuidados pessoais, os maiores reajustes no mês de junho ocorreram em produtos farmacêuticos (0,52%) e de higiene pessoal (0,77%), além dos serviços médicos, como hospital e laboratório (1,0%) e planos de saúde (0,37%).
As maiores variações ocorreram nas faixas de renda baixa (entre R$ 2.105,99 e R$ 3.158,99) e muito baixa (menor do que R$ 2.105,99), ambas com 0,29% frente a maio, que foi 0,48%.
No acumulado do ano, a menor variação é de 1,64% para as famílias de renda alta, e a maior de 2,87% entre as famílias de renda muito baixa.
Já o índice oficial da Inflação, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), registrou 2,43% de inflação no acumulado de 2024.
O levantamento ainda engloba as rendas, média-baixa (entre R$ 3.158,99 e R$ 5.264,98), média (entre R$ 5.264,98 e R$ 10.529,96), média-alta (entre R$ 10.529,96 e R$ 21.059,92)
Nos últimos 12 meses, a menor variação ocorre para as famílias de renda muito baixa (3,66%). Já as famílias de renda alta acumulam a maior inflação de 4,79% nos últimos 12 meses.
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Fonte: sputniknewsbrasil