Infecção pulmonar: entenda diagnóstico do cantor Erasmo Carlos


O cantor Erasmo Carlos, 81 anos, está internado no hospital Barra D’Or, no Rio de Janeiro, para tratar uma infecção pulmonar. Também conhecida como infecção respiratória baixa, o problema ocorre quando algum tipo de fungo, vírus ou bactéria se multiplica nos pulmões do paciente, causando inflamação.

Na última sexta-feira (21/10), a equipe do cantor, conhecido como Tremendão, informou o adiamento de dois shows nos Estados Unidos em novembro. As apresentações estavam marcadas para os dias 4 e 10, em Orlando e Miami, respectivamente.

Segundo informações do colunista Ancelmo Gois, do jornal O Globo, o quadro de saúde do artista é delicado. A equipe médica não divulgou detalhes.

Erasmo Carlos já havia sido internado em dezembro de 2021, após um diagnóstico de Covid-19. A pedido do Metrópoles, a médica pediatra pneumologista Claudia Lidroneta explicou o que é uma infecção pulmonar e qual o grau de risco para o paciente.

Segundo Claudia, possíveis sequelas deixadas pelo coronavírus, como fibrose pulmonar ou bronquiectasias de tração – alargamento anormal dos brônquios –, podem favorecer novos processo infecciosos nos pacientes.

Quais são as causas da infecção pulmonar?

Quadros como o de Erasmo Carlos podem ser causados por vírus, fungos ou bactérias. A infecção ocorre quando os microrganismos entram pelas vias respiratórias, se alojam e proliferam nos pulmões. As infecções respiratórias podem ser classificadas em vários tipos, dependendo do local dos pulmões que é afetado e dos sintomas apresentados.

As infecções respiratórias geralmente ocorrem quando o paciente está no mesmo ambiente que uma pessoa doente que tosse, espirra ou fala próximo, liberando gotículas respiratórias carregadas de patógenos. Mas também pode ocorrer por inalação de produtos tóxicos ou por aspiração de alimentos, de acordo com a pneumologista.

O quadro é comum em pessoas com o sistema imunológico debilitado devido a idade avançada, doenças crônicas ou uso de remédios. Claudia explica que os idosos são mais vulneráveis às complicações de um processo de pneumonia porque habitualmente apresentam comorbidades como alterações renais hepáticas e cardiovasculares.

“Eles apresentam com frequência dificuldade para engolir adequadamente (disfagia), o que favorece a ocorrência de pneumonias aspirativas e ainda se encontram num extremo de fragilidade imunológica”, afirma Claudia.

Quais são os principais sintomas?

Alguns dos sintomas mais comuns da condição são febre alta e persistente por mais de 48 horas, tosse seca com catarro, falta de ar, dificuldade para respirar, respiração rápida e superficial, dor torácica e cansaço. Eles podem aparecer em diferentes combinações.

Qual é o tratamento?

Segundo Claudia, o tratamento pode ser feito com antibióticos antivirais ou antifúngicos, a depender da causa. “Existe uma terapia empírica com antibióticos para pacientes sem comorbidades, mas se o paciente tem pneumonia adquirida no hospital ou se apresenta comorbidades específicas, a terapia recomendada será diferente”, afirma.

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