A exemplo do viés altista exibido pelo IPCA – que voltou a crescer 0,12% em julho último – o Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi) continuou avançando, ao subir 0,23% no mês passado, após uma alta de 0,39% em junho, ‘puxado’ pela elevação de 0,53% da mão de obra. Em consequência, o Sinapi acumula variação de 3,52% em 12 meses, informou, nesta sexta-feira (11) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Ao comentar o recuo do item ‘mão de obra’, em relação a junho, quando aumentou 1,36%, o gerente da pesquisa do instituto, Augusto Oliveira explica que o declínio, neste caso “pode ser explicado pelo menor número de acordos coletivos firmados este mês”.
No que se refere aos ‘materiais’, o item mostrou estabilidade, ao variar 0,01% em julho, ainda assim, 0,29 ponto percentual acima da variação registrada em junho, quando deflacionou 0,28%. No comparativo com julho de 2022 (1,38%), houve declínio de 1,37 ponto percentual (p.p.). Na avaliação de Oliveira, “trata-se de um momento de estabilidade no mercado, depois de um longo período de alta por conta da pandemia da Covid-19″.
Já o indicador do custo nacional da construção, por metro quadrado (m²), acusou expansão de 1.706,50, em junho, para R$ 1.710,37, em julho, do qual, R$ 1.001,78 relativos aos materiais e R$ 708,59 à mão de obra.
No ranking regional, o Rio de Janeiro foi o estado em que se verificou maior variação do Sinapi, com alta de 2,69%. “Houve reajuste nas categorias profissionais, com homologação de acordo coletivo, além de alta na parcela dos materiais”, esclareceu Almeida, ao comentar que o avanço fluminense exerceu impacto expressivo no índice da região Sudeste, que cresceu 0,46% em julho, mesmo ante os recuos apresentados por Minas Gerais e Espírito Santo, sem contar a estabilidade de São Paulo. Ao mesmo tempo, tiveram a mesma alta (0,08%), as regiões Norte e Nordeste, enquanto a Sul variou 0,18%. A única exceção ficou por conta da região Centro-Oeste, que recuou 0,09%.
Fonte: capitalist