Incêndios no Brasil: focos persistem na Amazônia e cidades no Pará superam 1 mil registros


Em meio ao estado de emergência em várias regiões da Amazônia, as queimadas persistem na região, conforme levantamento do INPE sobre dados entre os dias 25 e 31 de agosto, divulgado pela Agência Brasil. Só em São Félix do Xingu, no Pará, são mais de 1,4 mil focos de incêndio registrados, enquanto Altamira, também no estado, já ultrapassam mais de 1,1 mil. Os dois municípios são os líderes no Brasil.
Ao todo, a Amazônia conta com 37 municípios em situação grave por conta das queimadas e desde a última terça-feira (27) o Pará está em estado de emergência, o que proibiu o uso do fogo para manejo e limpeza de áreas.
A situação também é crítica no Pantanal, onde só em Mato Grosso os bombeiros realizavam combates a 36 incêndios. Seguem monitoradas as chamas em duas áreas indígenas: Capoto Jarinã, em Peixoto de Azevedo, e na Aldeia Utiariti, em Campo Novo dos Parecis.
Já no Cerrado, pelo menos nove municípios registraram mais de 100 focos de incêndio no período. O maior número ocorreu em Lagoa da Confusão, no Tocantins, com 282 registros.
No estado de São Paulo, as chamas se alastram na região norte e se aproximam do oeste de Minas Gerais. Em Osasco, na região metropolitana, um incêndio de grandes proporções destruiu ao menos 20 barracos de uma comunidade.

Brasil tem a pior seca da história

Dados do Centro Nacional de Monitoramento de Desastres Naturais (Cemaden), órgão ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia responsável por auxiliar ações de enfrentamento de emergências climáticas, apontam que o Brasil passa pela pior estiagem de sua história recente.
Obtidas pelo G1, as informações mostram que pela primeira vez a seca atinge quase a integridade do território nacional, com exceção da porção sul do país.
De acordo com os especialistas, alguns motivos explicam o momento extremo, como a ocorrência do El Niño, que aqueceu o oceano Pacífico e alterou o padrão das chuvas do país.
Aliado a isso, bloqueios atmosféricos não trouxeram as consequências típicas do fim do El Niño, como o avanço das frentes frias pelo país. Por outro lado, um aquecimento da porção tropical norte do Atlântico contribuiu para alterar ainda mais os padrões de chuva no país.
Medida atualmente pelo Cemaden, a série histórica possui dados que remontam desde 1950. Segundo essas informações, o fenômeno da seca no Brasil piorou a partir de 1988. Até então, a pior havia sido registrada em 2015.
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Fonte: sputniknewsbrasil

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