Imposto de carros elétricos e híbridos importados vai aumentar; veja quando


O imposto de importação para carros híbridos e elétricos vai subir no Brasil a partir do dia 1° de julho. A alíquota vai dos atuais 25% para 30% nos veículos híbridos (HEV), de 20% para 28% para os híbridos plug-in (PHEV) e de 18% para 25% nos elétricos (BEV). Fabricantes que tenham estoques no país não precisarão incorporar a diferença ao preço final.

Trata-se do último reajuste antes da retomada integral do imposto de importação de 35%, independentemente do nível de eletrificação, previsto para julho de 2026.

O reajuste segue o calendário do governo federal divulgado ao fim de 2023, apesar da pressão da Associação Nacional das Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), que representa as principais montadoras do país, pela retomada imediata da cobrança dos 35%.

Vale lembrar que o aumento do imposto não necessariamente deixará carros híbridos e elétricos mais caros no Brasil. A decisão de incorporar o reajuste, integral ou não, ao preço do veículo vai do plano de cada marca.

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Uma estratégia para conter este avanço foi elevar o número de automóveis embarcados para o Brasil. A BYD, por exemplo, já trouxe 7 mil veículos de uma só vez para reforçar seus estoques antes de começar a produção nacional.

A dupla BYD e GWM ficará menos vulnerável ao imposto de importação nos próximos meses com o início da montagem nacional de seus carros em Camaçari (BA) e Iracemápolis (SP), respectivamente. Os primeiros modelos, vale frisar, serão produzidos nos arranjos CKD e SKD, em que todas as peças serão importadas da China (em kits desmontados ou pré-montados) para que a finalização aconteça localmente.

Este tipo de produção oferece vantagens. O imposto para a montagem de kits SKD e CKD é de 16% e 18%, respectivamente — valor inferior aos futuros 35% que serão cobrados para veículos eletrificados importados. Além disso, economiza-se espaço no transporte, pois os kits desmontados ocupam menos área que o embarque de veículos completos.

Entretanto, a produção CKD e SKD envolve baixo índice de nacionalização. Não à toa, este arranjo de montagem se tornou o novo alvo da Anfavea, que pediu ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que eleve prontamente o imposto dos atuais 16% e 18% para 35%. A medida tem apoio do Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos (Sindipeças).

As alíquotas atuais para a montagem de carros CKD e SKD são válidas até 2028. Agora cabe à Câmara de Comércio Exterior (Camex) decidir pela antecipação do valor integral. A pauta foi amplamente discutida até o fim do ano passado, mas aparenta ter “esfriado”. O início da produção de BYD e GWM nos próximos pode retomar o assunto.

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Fonte: direitonews

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