“Isso é um tema que continua em pauta no pós-pandemia, continua preocupando a sociedade europeia, a sociedade do Reino Unido, quando, na verdade, existem duas questões importantes que a gente precisa ter em consideração. Primeiro é: esses países precisam de imigrantes? Sim. Esses países têm excesso de imigração? As estatísticas, em sua maioria, dizem que não. Então, por que o alarme? Porque exatamente a globalização e as políticas neoliberais, muitas vezes, dependem dessa seleção migratória de vidas, dessa categorização de vidas migrantes. Então, sim, os Estados querem que entrem, mas aqueles grupos são selecionados por eles. Então tem os desejáveis e os não desejáveis, que necessitam ser impedidos de entrar. Nisso, vem principalmente aqueles corpos racializados, como as pessoas negras”, explica.
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“Havia o direito de todos os cidadãos dos países que fazem parte do bloco em residir e trabalhar no Reino Unido. Entre os casos principais, podemos apontar o da Irlanda, que inclusive é colocada como uma ex-colônia britânica na Europa, além de Malta e Chipre. São países que fazem parte da União Europeia e, ao mesmo tempo, também sofreram com o imperialismo britânico [e, posteriormente, com a hipocrisia de seus habitantes serem rejeitados no país]”, declarou.

Fonte: sputniknewsbrasil