Observamos ontem uma maior movimentação na venda de Feijão-preto reportada ao IBRAFE. No CEPEA, os preços do Feijão-preto e do Feijão-carioca de nota 9 ou superior seguem estáveis. No entanto, os valores do Feijão-carioca de nota 8 continuam incertos, e, em alguns momentos, perde-se a referência, pois o critério de precificação não se baseia apenas na cor, mas também nos defeitos do produto. Um Feijão-carioca pode apresentar nota 9 de cor no colorímetro, mas conter 15% de defeitos totais. Assim, o principal fator de avaliação passa a ser o nível de defeitos, e não apenas a coloração.
Buscando fornecer insights estratégicos, elaborei um gráfico de fluxo de consumo e estoque para os próximos meses. Levei em consideração uma redução de 15% na produção de Minas Gerais, Paraná e São Paulo, além de 10% a menos no Mato Grosso. Todas as informações apontam para números possivelmente ainda menores, mas esses percentuais já são suficientes para indicar algumas tendências.
Como a primeira safra teve, acima de tudo, uma perda significativa na qualidade e uma redução menor na quantidade, a previsão para a segunda safra já pode ser estimada com maior precisão. Caso essa projeção se confirme, é essencial compreender qual cenário poderá se desenhar.
Fonte: noticiasagricolas