Ibovespa ‘atropela’ guerra, ao subir 0,67% a 116.533,85 pontos


A despeito do rastro de destruição provocado pela guerra no Oriente Médio – que já deixou, até agora, um saldo de 4.200 mortos e dezenas de milhares de feridos – o Ibovespa encerrou o pregão dessa segunda-feira (16) em alta de 0,67% a 116.533,85 pontos e volume de negócios de R$ 13,20 bilhões, num dia que apresentou maior ‘apetite de risco’ global.

A performance tupiniquim decorre do fato de a bolsa brasileira ‘estar em linha’ com as bolsas de Nova York, onde o S&P 500 cresceu 1,06%, aos 4.374 pontos, o Dow Jones subiu 0,93%, para 33.985 pontos, e Nasdaq teve elevação de 1,20%, aos 13.568 pontos.

A receita do otimismo internacional apresentou, como principais ingredientes, por exemplo, a flexibilização das sanções dos EUA à comercialização do petróleo pela Venezuela, que detém a maior reserva mundial da commodity; a injeção de liquidez promovida pelo bc chinês (PBoC), sem contar a retração dos juros futuros no Brasil.

O vigor da bolsa brasileira foi acompanhado pelo avanço de suas principais bluechips, com as ação preferencial da Petrobras (PETR4) encerrando a sessão com avanço de 1,10% a R$ 36,68, enquanto a ação ordinária da Vale (VALE3) valorizou 1,07%, a R$ 67,30. Neste último caso, o viés positivo das cotações futuras do minério de ferro acabou beneficiando as siderúrgicas locais, como a CSN (CSNA3), que cresceu 0,69%, e a Gerdau (GGBR4), com alta de 1,16%.

De igual forma, o dólar e petróleo fracos igualmente deram impulso às ações das aéreas, como a Azul (AZUL4) que subiu 4,94% e da Gol (GOLL4), que decolou 5,70%, enquanto a Embraer (EMBR3) valorizou 3,29%, mediante a decisão de um grande banco, de elevar os ADRs da companhia.

Embora seja inegável o bom início da semana, o mercado já enfrenta, amanhã (17), novo teste, por conta da divulgação de novos dados de varejo nos EUA, que serve de referencial para medir o comportamento da economia ianque e a decisão sobre a continuidade (ou não) do aperto monetário pelo Federal Reserve (Fed), o bc ianque. Isso sem contar com os efeitos econômicos do conflito em Israel, que chega ao 12º dia sem qualquer perspectiva de solução pacífica.

No plano cambial, o dólar encerrou o dia com uma desvalorização de 0,43% frente ao real (R$ 5,037 para venda e R$ 5,037 para compra), ao passo que, no caso do dólar comercial, a queda foi mais elástica, de 1,01%.

Fonte: capitalist

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