Hyundai Palisade e outros lançamentos têm consumo antecipado pelo Inmetro


Uma nova fase do Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV) foi anunciada pelo Inmetro. O instituto é o responsável por homologar consumo, emissões e autonomia elétrica de todos os carros vendidos no Brasil. Porém, algumas vezes, o órgão acaba antecipando lançamentos da indústria. Dessa vez, não foi diferente.

Na tabela publicada na última quarta-feira (17), aparecem pelo menos seis modelos que ainda não estão à venda no país. São eles: Hyundai Palisade, Mercedes-Benz G580 EQ, Nissan Townstar, a nova geração do Porsche Macan e os Volvo EC40 e EX40.

Confira abaixo, como são os modelos e qual é o consumo de cada um.

O Palisade foi lançado em 2018 como o maior carro da história da Hyundai, ostentando 4,98 metros de comprimento, 1,98 m de largura, 1,75 m de altura e 2,90 m de distância entre-eixos. A chegada tardia será apenas dois anos antes de uma nova geração ser revelada no exterior.

+ Quer receber as principais notícias do setor automotivo pelo seu WhatsApp? Clique aqui e participe do Canal da Autoesporte.

De todo modo, o SUV de oito lugares (sim, na terceira fileira vão até três pessoas) foi registrado no Brasil em duas versões, Signature e Ultimate. Mas isso não significa necessariamente que ambas serão oferecidas.

O Inmetro também confirma que o Palisade terá motor V6 3.8 a gasolina. Esse propulsor entrega 295 cv de potência e 36,1 kgfm de torque e é acoplado ao câmbio automático de oito marchas.

De acordo com a Hyundai, o SUV leva 8 segundos para atingir 100 km/h e tem velocidade máxima de 230 km/h. Já o Inmetro homologou o modelo com consumo urbano de 7,3 km/l e rodoviário de 9,9 km/l.

A versão elétrica do icônico Mercedes-Benz Classe G foi homologada no Brasil. Após 40 anos rodando com versões a gasolina e diesel, o jipão recebeu uma variante com quatro motores elétricos, que, combinados, entregam 587 cv e 118 kgfm de torque. Ou seja, 2 cv mais potente e com 33 kgfm a mais de torque que o V8 vendido atualmente no Brasil.

Com isso, o Classe G consegue fazer de 0 a 100 km/h em 4,7 segundos e alcançar uma velocidade máxima de 180 km/h. Segundo o Inmetro, as baterias de 116 kWh ainda garantem autonomia de 369 km de autonomia e nota A em eficiência energética — algo impensável para qualquer V8.

A notícia nem tão boa é que vamos ter que esperar um pouco para ter o Classe G elétrico no Brasil. A Mercedes-Benz confirma que homologou o jipão, mas diz que o lançamento não será em 2024.

A van elétrica da Nissan é o modelo mais inusitado da lista. Porém, há motivos para acreditar que o lançamento possa acontecer. O principal deles é que o comercial leve é, na verdade, a versão japonesa do Renault Kangoo E-Tech já oferecido no Brasil. A diferença entre os furgões está apenas nos emblemas, já que compartilham grande parte das peças de carroceria, motor elétrico de 120 cv e 25 kgfm e baterias de 45 kWh.

Com isso, a autonomia registrada no Inmetro também é de 210 km, exatamente a mesma da versão Renault. Procurada, a Nissan despistou, disse que “não comenta planos e que é comum a empresa registrar todos os seus produtos para garantir e proteger sua propriedade”.

A Porsche acabou de confirmar novas versões para o Macan elétrico, que estreia no Brasil no último trimestre de 2024, totalizando quatro variantes. Duas delas já foram homologadas por aqui e tiveram o alcance registrado pelo Inmetro.

Ambas compartilham a bateria de 100 kWh. Como as potências são diferentes, a autonomia também muda. No caso do Macan 4, com tração integral e dois motores elétricos, que totalizam 408 cv e 66,3 kgfm de torque, uma carga completa garante 443 km. Já o Turbo, que entrega excelentes 638 cv e 115,2 kgfm, roda um pouco menos, 435 km.

O novo Macan está pré-venda no Brasil desde março, com preços que começam em R$ 580 mil.

Por fim, chegamos aos novos Volvo EC40 e EX40, nomes novos para os já conhecidos C40 e XC40. Porém, além da mudança de nomenclatura, já noticiada aqui na Autoesporte, há novidades na autonomia dos SUVs elétricos.

As versões com motor traseiro e tração nas rodas posteriores têm 238 cv de potência e bateria de 69 kWh. Nesse caso, a autonomia de 385 km do C40 foi mantida no EC40, mas a eficiência energética piorou, de 0,49 MJ/km para 0,51 MJ/km. Já do XC40 para o EX40, houve perda de 3 km no alcance, de 367 km para 364 km.

Quando consideramos as versões com tração integral, dois motores e 408 km, as diferenças são mais perceptíveis. A bateria de 78 kWh que antes entregava 348 km no XC40 e 353 km no C40, agora rende 393 km no EX40 e 404 km no EC40.

O Inmetro ainda antecipou que a Volvo registrou as versões Performance Black para os dois SUVs, contradizendo a própria fabricante, que descartou as configurações para o Brasil há cerca de um mês.

Quer ter acesso a conteúdos exclusivos da Autoesporte? É só clicar aqui para acessar a revista digital.

Fonte: direitonews

Anteriores Luta por justiça fiscal: o impacto da reforma tributária na advocacia
Próxima Lei inclui mudança climática e biodiversidade na educação ambiental