Hyundai Creta Ultimate: 5 razões para comprar e 5 motivos para pensar bem


Quando atualizou o visual do Hyundai Creta, no final do ano passado, coube à versão Ultimate estrear a motorização 1.6 T-GDI a gasolina no mercado brasileiro. Com 193 cv de potência e 27 kgfm de torque, ele se tornou o SUV compacto mais potente à venda no Brasil, superando inclusive modelos com tração integral. A versão Ultimate custa R$ 198.120 e aposta em um pacote farto de equipamentos, acabamento sofisticado e desempenho de sobra para justificar seu posicionamento no topo da linha.

Ele encara rivais diretos como o Volkswagen T-Cross Highline 1.4 TSI (R$ 184 mil), o Chevrolet Tracker Premier 1.2 turbo (R$ 189.590), o Nissan Kicks Platinum da nova geração (R$ 199 mil) e o Jeep Renegade Willys 4×4 (R$ 182 mil). Em preço, todos estão muito próximos, mas o Creta se destaca em potência e lista de itens de série.

A seguir, listamos cinco boas razões para comprar o Creta Ultimate e cinco pontos que merecem atenção.

O principal diferencial do Creta Ultimate é sua mecânica. O motor 1.6 turbo GDI entrega 193 cv e 27 kgfm, números que o colocam muito à frente dos concorrentes diretos. Para efeito de comparação: o T-Cross tem 150 cv, o Tracker tem 141 cv, o Renegade entrega 176 cv (com tração 4×4 e maior peso) e o novo Kicks, apenas 125 cv com o motor 1.0 turbo. Além dos números, a potência extra do Creta Ultimate traz muita segurança para ultrapassagens e desempenho para trechos de estrada. Indo de 0 a 100 km/h em 7,8 s, chega perto da performance de esportivos como o Fiat Fastback Abarth e é mais rápido que o novo Volkswagen Nivus GTS.

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Esse motor está acoplado a um câmbio automatizado de dupla embreagem de 7 marchas, que realiza trocas rápidas e suaves, aproveitando bem a curva de torque desde os baixos giros. A experiência ao volante é de força imediata e acelerações vigorosas, algo que nenhum rival compacto oferece nesse nível.

O Creta Ultimate oferece um conjunto de equipamentos comparável ao de SUVs médios. Começando pelo conforto, há teto solar panorâmico, bancos dianteiros com ventilação, ajuste elétrico para o motorista, carregador por indução e ar-condicionado digital automático.

Em tecnologia, o SUV traz duas telas de 10,25 polegadas (central multimídia e painel de instrumentos), compatibilidade com Android Auto e Apple CarPlay, além do sistema de conectividade Bluelink, com serviços remotos como travamento, localização do veículo e partida à distância com climatização.

Na segurança ativa, o Creta se destaca com um dos pacotes mais avançados da categoria, incluindo:

É mais do que o oferecido por T-Cross, Tracker e até Renegade, que têm conjuntos mais enxutos em suas versões topo. Com o assistente de permanência de faixa atuando em conjunto com o controle de velocidade adaptativo, você tem a experiência de condução semiautônoma em um SUV compacto abaixo dos R$ 200 mil.

Com 2,61 metros de entre-eixos, o Creta Ultimate não lidera nos números, ficando atrás do T-Cross (2,65 m) e do novo Kicks (2,66 m), mas à frente de Tracker (2,57 m) e Renegade (2,57 m). Apesar disso, oferece espaço interno bem resolvido e confortável para quatro adultos.

O banco traseiro tem encosto reclinável, saídas de ar-condicionado e bom espaço para pernas e ombros. O túnel central é discreto, o que facilita o transporte de um terceiro passageiro, e a altura do teto acomoda bem pessoas de estatura elevada. A sensação de amplitude é reforçada pelo teto solar e pelo desenho horizontal da cabine.

A tela central de 10,25 polegadas tem resposta rápida e boa integração com os comandos do ar-condicionado, além de permitir controle da ventilação dos bancos, modos de condução e visualização das câmeras. A interface é simples, clara e de boa resolução, com widgets personalizáveis.

O sistema Bluelink oferece cinco anos gratuitos de acesso a funções como:

É um diferencial frente a concorrentes que ainda não oferecem serviços conectados com esse nível de integração. Além disso, a resolução, velocidade e interface da tela é uma das melhores do mercado. Em poucas interações, já é possível se acostumar com as funcionalidades e aproveitar o melhor do sistema.

A presença de botões para comandos do ar-condicionado, modos de condução também é uma característica do Hyundai que favorece a ergonomia e a intuitividade do sistema.

Com médias de 11,9 km/l na cidade e 13,5 km/l na estrada com gasolina, o Creta mostra equilíbrio entre performance e eficiência. Considerando os 193 cv, trata-se de um bom rendimento. Veja como ele se compara:

Ou seja, mesmo sendo o mais potente, o Creta entrega consumo similar ou até melhor que os principais concorrentes.

O banco do motorista tem boa ergonomia, ajustes elétricos e ventilação, mas a posição de dirigir é naturalmente alta, mesmo na regulagem mais baixa. Para alguns motoristas, isso significa mais visibilidade e sensação de controle. Para outros, especialmente os que vêm de sedãs ou hatches, pode parecer elevada demais, com pouco envolvimento do corpo com o carro.

O design interno do Creta Ultimate impressiona visualmente, com iluminação ambiente, costuras aparentes e boas proporções. Porém, os materiais usados nas áreas inferiores e nos painéis de porta ainda são rígidos ao toque, o que destoa do visual refinado. Ao se considerar o preço e a proposta do carro, esperava-se mais sofisticação tátil — como superfícies emborrachadas ou detalhes em materiais premium.

Em uso urbano moderado, o Creta é silencioso. Mas em reacelerações e rodagem em piso áspero, o ruído do motor e dos pneus invade a cabine com certa facilidade. Acima de 3.500 rpm, o som de aspiração e funcionamento do 1.6 turbo se torna mais presente.

Conseguir lançar o Creta 1.6 turbo no final de 2024 teve um preço para a Hyundai. Não houve tempo hábil para tornar o motor flex. Ou seja, o SUV compacto só pode ser abastecido com gasolina. Na ocasião, executivos da marca disseram que havia estudos para tornar o propulsor bicombustível, mas que ainda não existia uma data de lançamento.

Ainda que o etanol não seja tão vantajoso financeiramente em vários estados do Brasil, há uma vantagem clara na redução das emissões de CO2 na produção do combustível. Além disso, em vários casos, a potência de motores queimando etanol é maior. Ou seja, é possível que um Creta 1.6 turbo flex fique ainda mais próximo dos 200 cv.

O câmbio automatizado de dupla embreagem é receita para polêmica no Brasil. As experiências ruins com os Powershift da Ford e DSG da Volkswagen podem gerar preocupação nos consumidores. No Creta, o câmbio de embreagens secas tem trocas rápidas e é muito prazeroso na condução em estrada, mas em trânsito muito pesado ou manobras lentas pode apresentar pequenos trancos ou hesitações, típicos desse tipo de transmissão.

Para quem está acostumado com automáticos convencionais, essa característica pode exigir um período de adaptação. Detalhamos melhor o funcionamento do câmbio do Creta neste texto.

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Fonte: direitonews

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