Hyundai Creta Limited Safety: 5 razões para comprar e 5 motivos para fugir


O Hyundai Creta foi o SUV mais vendido para pessoas físicas (excluindo empresas, como locadoras e frotas) no Brasil em 2023 – foram pouco mais de 59 mil unidades registradas no ano passado. Em 2024, a liderança continua com quase 21 mil carros (até o maio). E alguns motivos explicam o sucesso do Creta. Só que isso não significa que o modelo também não tenha pontos negativos.

Autoesporte testou a versão intermediária do Hyundai Creta, chamada de Limited Safety, e agora mostra cinco razões para comprar e cinco motivos para fugir do SUV compacto. Nesta configuração, o motor é um 1.0 turboflex de três cilindros que entrega 120 cv de potência e 17,5 kgfm de torque com câmbio automático de seis marchas. Já o preço é de R$ 154.690. Confira:

Quando mudou de geração, em 2021, o Creta ficou 2 cm maior no entre-eixos. Portanto, agora tem 2,61 metros nessa dimensão. Isso significa que o SUV tem um espaço interno maior do que os seus principais rivais, como Nissan Kicks e Chevrolet Tracker, por exemplo.

Isso garante que os passageiros consigam viajar de forma confortável na segunda fileira de bancos. Ou seja, com espaço razoável para as pernas e para a cabeça. Fora isso, o assoalho é mais baixo e ainda permite que o assento do meio seja ocupado sem desconforto para quem viaja ali.

Junto do espaço interno, o que também não decepciona é o porta-malas. Com 422 litros, o compartimento de cargas do Creta está entre os maiores do segmento. Afinal, só é menor do que o de Fiat Fastback (516 l), Renault Duster (475 l) e Nissan Kicks (432 l). Boa opção para quem gosta de viajar e tem uma família grande.

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Comprar um Hyundai Creta também é uma boa escolha para quem deseja economizar com combustível. Isso porque o SUV compacto figura entre os mais econômicos da categoria. Com gasolina no tanque, as versões equipadas com o motor 1.0 turboflex fazem 11,9 km/l na cidade e 12,6 km/l na estrada, de acordo com o Inmetro.

Com etanol, os números caem para 8,3 km/l e 9,1 km/l, respectivamente. Essas medições ficam abaixo das do Volkswagen T-Cross, mas são melhores do que a dos rivais Jeep Renegade, Nissan Kicks e Chevrolet Tracker, por exemplo.

A versão Limited Safety é equipada com bancos de tecido. Mas o material é caprichado e conforta o condutor. O mesmo vale para o restante do acabamento interno. Apesar de o principal material ser plástico rígido, tudo é bem encaixado.

Fora isso, alguns detalhes também são em prata para trazer um ar mais sofisticado e a peça principal do console é em preto brilhante. Em um geral, o Creta é melhor acabado do que vários concorrentes.

E apesar de estarmos falando de uma versão específica, outro ponto que chama atenção no Hyundai Creta é a variedade de opções. O carro é vendido em nada menos do que seis configurações e com três opções de motorizações. Portanto, os preços começam em R$ 119.990 e chegam a custar R$ 186.290.

A versão de entrada, chamada de Action, é a que faz o Creta figurar entre os SUVs mais baratos do Brasil. E essa, é, na verdade, a primeira geração. Por isso, o motor é um 1.6 aspirado que entrega 130 cv.

Além das configurações intermediárias, que trazem o motor 1.0 turboflex, o Creta ainda é vendido com um propulsor 2.0 aspirado de 167 cv que equipa a versão topo de linha. Portanto, é possível dizer que são opções para todos os gostos — e até bolsos.

O que pode incomodar no Hyundai Creta é justamente o design, que ficou totalmente diferente dos concorrentes na nova geração. O visual da traseira foi o que mais desagradou o público no lançamento. Isso porque as lanternas foram divididas e acabaram ficando bem ousadas. Fora isso, a fabricante também colocou vincos na tampa do porta-malas.

Na frente, os faróis foram separados em três partes. Na primeira, há agora um DRL de LED. A iluminação principal e o farol de neblina ficam mais abaixo, enquanto a luz de seta aparece mais escondida. A grade também ficou diferente e passou a ter barras cromadas com um efeito tridimensional, o que deixou o visual ainda mais polêmico. O novo Creta, inclusive, já está rodando em testes no Brasil e promete acabar com essa estética controversa.

Se por um lado é econômico, por outro, o Hyundai Creta está longe de ser um dos mais rápidos do segmento. De acordo com a fabricante, o SUV acelera de 0 a 100 km/h em 11,5 segundos. Rivais como Chevrolet Tracker (10,9 s) ou Volkswagen T-Cross (10,1 s), também equipados com motor 1.0 turbo, chegam nessa velocidade em um tempo menor. Esse desempenho fica perceptível na hora de fazer ultrapassagens, por exemplo.

Junto disso, outro ponto negativo do motor 1.0 turbo é o alto nível de ruído e vibração sentido pelo motorista e pelos passageiros. É possível perceber esses incômodos até mesmo com o carro parado. Ainda assim, esses problemas ficam ainda mais perceptíveis durante as acelerações e ultrapassagens. – uma questão que envolve também o isolamento acústico do carro.

Talvez seja até exagero reclamar do painel de instrumentos do Creta. No entanto, é no mínimo estranho que um carro que custa mais de R$ 150 mil seja equipado com mostradores analógicos. Neste caso, isso acontece com o conta-giros, indicador de temperatura e do tanque de combustível. No meio, há um visor TFT de 7 polegadas. Ainda assim, o Renault Kardian, por exemplo, que parte de R$ 112.790, já vem de série com um painel totalmente digital.

Por fim, o que pode fazer alguém fugir do atual Creta são os seus dias contados. Isso porque o SUV já passou por um profundo facelift de meia vida na Índia e chega com novidades ao Brasil em 2025. Além de um novo visual, o modelo terá motor 1.6 turbo e pode passar a ser o mais potente da categoria. Talvez valha a espera.

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Fonte: direitonews

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