Hyundai Creta 2026: qual versão do SUV tem melhor custo-benefício?


O Hyundai Creta 2026 tem a missão nada simples de continuar relevante em um segmento cada vez mais competitivo. Com preços que vão de R$ 149 mil a quase R$ 200 mil, o SUV compacto produzido em Piracicaba (SP) aposta em motores turbo, conectividade avançada e até assistentes de condução semiautônoma para manter seu espaço nas garagens brasileiras. Com cinco versões, qual traz o melhor custo-benefício? Autoesporte diz o que cada um tem e responde essa questão.

Buscamos a resposta para essa pergunta analisando não só os equipamentos e preços, mas também a mecânica, o consumo e o uso real do carro. Spoiler: o motor 1.0 TGDI dá conta do recado na maior parte das versões e isso muda tudo na hora da escolha.

A versão Comfort é a porta de entrada para o mundo do Creta. Apesar de ser a mais barata, o SUV é muito bem equipado por R$ 149.620. Ele já entrega seis airbags, controle de tração e estabilidade, assistente de partida em rampa, câmera de ré com sensor de estacionamento traseiro, central multimídia de 8″ com Android Auto e Apple CarPlay sem fio, cruise control, rodas de liga leve aro 16, volante com ajuste de altura e profundidade e banco do motorista com regulagem de altura.

É o suficiente para quem busca um SUV compacto com boa segurança, conectividade e economia de combustível. Porém, o ar-condicionado ainda é analógico, não há retrovisores elétricos e o visual é mais simples.

O conjunto mecânico é o conhecido 1.0 TGDI de até 120 cv e 17,5 kgfm, acoplado a um câmbio automático de seis marchas. Segundo o Inmetro, o consumo com gasolina chega urbano é de 9 km/l e 13,1 km/l na estrada. Para quem quer um SUV compacto moderno e com o essencial de segurança e conectividade, a Comfort cumpre o papel. Mas faltam alguns itens desejáveis, como ar-condicionado digital, retrovisores elétricos e saídas de ar traseiras, que só aparecem nas versões superiores.

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Subindo para a Limited, a coisa muda de figura. Por R$ 165.620, a Hyundai acerta a mão na combinação de itens que fazem diferença no uso cotidiano. Aqui, o ar-condicionado já é digital e de duas zonas, há bancos em couro, rodas aro 17, retrovisores elétricos e, talvez o mais importante, saídas de ar para os passageiros traseiros, um diferencial relevante para quem carrega mais ocupantes em viagens e finais de semana.

Mas não é só conforto que melhora. A Limited também estreia os primeiros recursos de assistência à condução: assistente de permanência em faixa e farol alto automático, que ampliam a segurança e aproximam o Creta de um segmento superior

Essa versão é o meio-termo que agrada tanto quem valoriza economia quanto quem quer um carro mais completo. Por isso, desponta como a mais equilibrada da gama.

Na Platinum, a Hyundai começa a mirar no público que quer tecnologia de ponta sem ainda subir para o motor 1.6 turbo. Por R$ 181.220, essa versão adiciona uma série de itens de conveniência e recursos avançados que transformam a experiência de uso. O pacote inclui freio de estacionamento eletrônico, banco do motorista com ventilação, sensor dianteiro de estacionamento, controle de cruzeiro adaptativo, frenagem autônoma de emergência e câmeras 360°, itens que aumentam a segurança e dão um toque de sofisticação ao uso urbano e rodoviário.

A central multimídia e o painel digital ganham tela de 10,25 polegadas, integrando melhor as informações e modernizando a cabine. A presença das borboletas no volante reforça a proposta de sofisticação, ainda que a dinâmica continue a mesma do 1.0 TGDI.

É uma versão que seduz pelo conteúdo, mas que exige quase R$ 16 mil a mais que a Limited. Aí entra a avaliação pessoal: você realmente usa (ou precisa) desses recursos todos no dia a dia? Além disso, o preço aproxima o Creta de concorrentes maiores, como o Toyota Corolla Cross na versão XR e Jeep Compass Sport, que oferecem o mesmo nível de equipamentos, em plataformas maiores e conjuntos mecânicos superiores ao Creta.

Na N Line, a Hyundai aposta em incrementar o visual já agressivo do Creta com uma pegada mais esportiva, adicionando saia lateral, teto preto, acabamento exclusivo na grade e nas rodas, volante exclusivo e bancos com costuras vermelhas. Custando R$ 188.720, o carro mantém os equipamentos da Platinum, o que significa que o salto de preço é somente visual, tornando a versão quase irrelevante dentro da linha.

Apesar da roupagem agressiva, a mecânica segue idêntica: motor 1.0 TGDI, câmbio automático de seis marchas, 0 a 100 km/h em torno de 11,5 segundos. Para quem gosta do visual esportivo e quer se destacar no trânsito, a N Line pode entregar um diferencial. Mas quem busca desempenho real vai ter que olhar para o andar de cima.

A versão topo de linha Ultimate vem com o motor 1.6 TGDI de 177 cv, que transforma completamente a dinâmica do Creta. O câmbio automatizado de dupla embreagem e sete marchas oferece trocas rápidas e ajuda a extrair mais do propulsor. Com torque de 27 kgfm, o modelo vai de 0 a 100 km/h em cerca de 8,5 segundos.

Além da performance, a Ultimate traz o que há de mais completo na linha: ajuste elétrico do banco do motorista, bancos e volante em couro, rodas aro 18, câmera 360° com visão panorâmica, câmera de ponto cego exibida no quadro de instrumentos, frenagem autônoma de emergência com detecção de pedestres e ciclistas e automática para tráfego cruzado traseiro. Te permite ter a experiência da condução semiautônoma abaixo dos R$ 200 mil.

O preço, porém, é salgado: R$ 198.120. E embora o desempenho agrade, o consumo urbano com etanol cai para 7,4 km/l, contra os 8,2 km/l do motor 1.0 TGDI. No rodoviário, as médias se aproximam, com fazendo pouco mais de 13 km/l com gasolina.

Ao fim da análise, a versão que se destaca por reunir o que realmente importa no uso diário com uma etiqueta competitiva dentro da gama e em relação ao restante do mercado é a Limited. Ela custa R$ 16 mil a mais que a Comfort, mas entrega ar digital, bancos em couro, retrovisores elétricos, saídas de ar traseiras e assistência de faixa, sem pesar tanto no bolso nem no consumo.

A Ultimate também oferece um pacote robusto, especialmente para quem quer potência e tecnologia. Mas com o preço chegando na casa dos R$ 200 mil, os R$ 165 mil da Limited fazem dela o ponto de equilíbrio entre custo e benefício na linha Creta 2026.

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Fonte: direitonews

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