“Budapeste pediu para remover três cidadãos russos da lista de sanções da UE”, diz a publicação, citando diplomatas e funcionários europeus que pediram anonimato.
Segundo dois diplomatas consultados pela reportagem, os pedidos se referem aos empresários Alisher Usamnov, Petr Aven e Viktor Rashnikov.
Além disso, a Hungria pediu à UE que alargue a lista de exceções às sanções para a prestação de ajuda humanitária.
Segundo a publicação, o pedido de Budapeste “enfureceu” outros países da União Europeia, que têm até 15 de setembro para decidir sobre a extensão das restrições às pessoas sancionadas.
Segundo os diplomatas, as demandas da Hungria serão discutidas durante uma reunião nesta quarta-feira (7), dedicada à situação na Ucrânia.
© AFP 2022 / Kenzo TribouillardBandeiras da União Europeia fora do prédio da Comissão Europeia em Bruxelas, na Bélgica, em 16 de junho de 2022
Bandeiras da União Europeia fora do prédio da Comissão Europeia em Bruxelas, na Bélgica, em 16 de junho de 2022. Foto de arquivo
© AFP 2022 / Kenzo Tribouillard
Desde o início da operação militar especial russa na Ucrânia, no dia 24 de fevereiro, os EUA e seus aliados intensificaram a aplicação de sanções contra Moscou. Entre as medidas estão restrições econômicas às reservas internacionais russas e a suas exportações de petróleo, gás, carvão, aço e ferro.
As medidas têm causado problemas no próprio Ocidente, com a disparada da inflação, provocada pela alta nos preços dos alimentos e dos combustíveis.
O Kremlin classifica as sanções como uma “guerra econômica sem precedentes” e tomou medidas em resposta, proibindo que investidores estrangeiros retirem dinheiro do sistema financeiro russo e obrigando compradores europeus de gás a pagar em rublos.