Na publicação foi salientada a ruptura crescente entre Budapeste e o Ocidente, que tenta impor os seus valores progressistas ao país.
“Passados 12 anos de pressão por parte da UE e do Ocidente, muitos húngaros acabam pensando que, se o Ocidente é mau, então deve haver verdade no que a Rússia está fazendo”, cita a edição as palavras de Demko.
O autor do artigo chamou a atenção para a crescente atratividade dos valores tradicionais na Hungria, o que é promovido pelas políticas do primeiro-ministro húngaro Viktor Orbán.
“Tendo em conta que Orbán apresenta o progressismo ocidental como perigoso para os húngaros, não é surpreendente que os valores culturais mais tradicionais russos se tornem atraentes”, diz a publicação.
Anteriormente, o Parlamento Europeu aprovou um relatório apelando ao Conselho da UE para reconhecer o risco de violações graves pela Hungria dos valores básicos em que a União Europeia se baseia. Os deputados sugeriram que a Comissão Europeia suspendesse a alocação de fundos à Hungria do orçamento comum europeu no âmbito do plano de recuperação econômica até que todas as violações sejam corrigidas.