Hungria diz ser ‘inaceitável’ corte de fundo para educação e pretende processar executivo da UE


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Falando em uma coletiva de imprensa na capital húngara nesta quinta-feira (12), o chefe de gabinete do primeiro-ministro, Gergely Gulyas, disse que a decisão recente de cortar fundos para o programa de intercâmbio de estudantes Erasmus era inadimissível e que levará o caso ao Tribunal Europeu de Justiça se um acordo não for alcançado.

A autoridade acrescentou que o governo húngaro fornecerá o financiamento para o programa se os fundos da UE não chegarem, mas expressou sua indignação a partir do momento que a Hungria fez tudo o que lhe foi pedido pela comissão para evitar conflitos de interesse na liderança das instituições de ensino superior.

“O que está acontecendo com relação a Erasmus, do lado da Comissão contra a Hungria, é inaceitável. Gostaríamos de encontrar uma solução rápida”, afirmou Gulyas citado pela Reuters.

Ainda assim, Gulyas disse que se a comissão solicitar que os políticos húngaros sêniores não tenham permissão para servir nos conselhos de curadores das universidades, a Hungria está disposta a modificar ainda mais suas regras.
O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, chega para uma cúpula da União Europeia (UE) em Bruxelas, 22 de outubro de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 02.01.2023

O bloco europeu congelou mais de € 12 bilhões (R$ 66,5 bilhões) em fundos para Budapeste devido a preocupações de que o primeiro-ministro, Viktor Orbán, tenha usado fundos da UE para desmantelar instituições democráticas e enriquecer seus aliados.
A Hungria tem até março para implementar mais de duas dúzias de reformas para alinhá-la aos padrões do bloco e descongelar o financiamento.
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