Anos depois da Honda vender o Clarity, o primeiro carro da marca movido a hidrogênio, a fabricante, em parceria com a General Motors, iniciou a produção de um novo sistema de propulsão movido a células de combustível. O carro escolhido para estrear essa motorização é o CR-V, cuja versão híbrida movida a hidrogênio chegará ao mercado em 2024.
O SUV médio será equipado com uma motorização que começou a ser produzida no início de fevereiro em Ohio, nos Estados Unidos. O CR-V será um híbrido bem diferente dos que conhecemos hoje em dia. Em vez de usar motores movidos a gasolina e a energia elétrica, o carro será movido por células de hidrogênio e por energia elétrica.
Essa versão do CR-V deverá ser lançada em 2024 apenas na América do Norte e no Japão. Em comparação ao Clarity, a Honda estima que o custo de produção do sistema de propulsão movido a células de hidrogênio do CR-V será um terço do que foi gasto para fabricar o sedã de luxo.
A fabricante aposta que a molécula ganhará cada vez mais importância na eletrificação. A Honda aponta que a facilidade de transporte e o reabastecimento rápido (em cerca de cinco minutos) jogam a favor das células de hidrogênio.
No entanto, não cita a complexidade em construir postos de abastecimentos para o público em geral. Isso porque a infraestrutura de recarga de hidrogênio é extremamente complexa e cara. A Toyota, que comercializa o Mirai no exterior, já chegou a orçar a instalação de uma estrutura de abastecimento, importada da Europa, para a fábrica de Sorocaba (SP). O valor final do “posto” ficaria em 800 mil euros – R$ 4,2 milhões na conversão simples.
Ainda assim, os japoneses acreditam que até 2030 vão comercializar cerca de 60 mil propulsores por ano. Até meados de 2030, a estimativa é de que as vendas anuais de sistemas movidos a célula de combustível ultrapasse os 100 mil.
Os modelos que usam célula de combustível funcionam como um carro elétrico, mas a energia é extraída do hidrogênio, que deve ser abastecido como um carro convencional, em estações específicas.
Graças a uma reação química, a mistura de hidrogênio e oxigênio produzem eletricidade que alimentam os motores elétricos. Como há um combustível físico, no caso o hidrogênio, a bateria de armazenamento é muito menor que a de um veículo elétrico.
Em relação aos carros elétricos, uma das grandes vantagens está na autonomia, que varia de acordo com o tamanho do tanque de hidrogênio, mas é bem comum que os carros rodem mais de 600 km. No entanto, a implementação de uma estrutura para abastecimento de hidrogênio é o grande revés da iniciativa.
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Fonte: direitonews