Honda Biz: preços, versões, equipamentos e custos de manutenção


A Honda Biz é uma das responsáveis por mudar a forma como o brasileiro enxerga as motocicletas. Quando chegou, em 1998, trouxe um ar de modernidade e, sobretudo, de praticidade ao trazer uma forma mais intuitiva de guiar para este tipo de veículo sobre duas rodas, características que não eram tão populares até então. O guia de compra de hoje traz a história, manutenção, preços e versões dessa que é a mais vendida do Brasil de sua categoria.

Você mesmo já pode ter ouvido um diálogo como este: “moto é perigoso, mas até eu teria uma Biz”. Isso porque ela passa uma imagem de motocicleta mais amigável, menos agressiva e que proporciona facilidade para motociclistas iniciantes. Para quem se confunde na hora de trocar as marchas, a Biz vinha desde a primeira geração com câmbio semiautomático. Além disso, o escudo frontal também passa a sensação de mais segurança.

A Honda Biz é uma CUB (Category Upper Basic, “categoria básica superior” em tradução livre), ou seja, ela quer oferecer mais do que as motos de entrada, mas sem deixar de lado a economia de aquisição, de manutenção e de consumo de combustível. Quando foi lançada, as CUBs como a Biz eram a primeira opção para quem queria abandonar o transporte público e ter mais agilidade na mobilidade urbana, papel que hoje é muito ocupado pelas scooters. Mas a desbravadora desse caminho foi, sem dúvida, a Honda Biz.

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Lançada em 1998, a Biz trazia características técnicas de uma CUB vendida anteriormente no Brasil, a C-100 Dream, um modelo que fez muito sucesso internacional também. Mas, ao iniciar um projeto de uma CUB nacional, a Honda viu que precisava ir além de manter o motor de 100 cilindradas e o câmbio semiautomático. A inovação veio no design e também ao oferecer um baú sob o banco para guardar capacete e outros objetos.

O motor de 100 cilindradas oferecia 6,2 cv de potência a 7.500 rpm e 0,74 kgfm de torque a 5.500 rpm. Nessa época, a Biz fazia médias superiores a 45 km/l com gasolina. Com o câmbio semiautomático de 4 velocidades, as mudanças dispensavam o manete de embreagem, deixando ao piloto apenas a obrigação de “pisar” no pedal para frente ou para trás e aumentar ou diminuir as marchas.

A primeira atualização no design e no conjunto motriz veio em 2005 com o propulsor 125 (124,9 cm³) que entregava 9,1 cv a 7.500 rpm e 1,06 kgfm de torque a 3.500 rpm. Em 2009, esse mesmo motor recebeu a moderna injeção eletrônica e em 2011 a Biz 125 se tornou flex.

No ano seguinte, voltou ao mercado a Biz 100, uma versão mais barata para competir no segmento de entrada. Em 2016, após a descontinuação da fabricação da Lead 110i (scooter que também agradou muitos brasileiros), a Honda passou a adotar este propulsor na Biz e a CUB passou a se chamar Biz 110i. Desde 2018 a Biz, tanto a 110i quanto a 125, já conta com painel eletrônico, tomada 12V sob o assento e freios combinados.

A Biz é vendida em duas versões e a principal diferenciação está justamente na motorização.

Com motor de 109,1 cilindradas, a Biz 110i dispõe de 8,33 cv e 0,89 kgfm de torque e roda apenas com gasolina. A transmissão, nas duas configurações, é a de sempre: semiautomática de quatro velocidades. Tirando a largura e o peso — a 125 é 7 milímetros mais larga e 3 kg mais pesada —, o restante é praticamente igual nas Biz oferecidas atualmente nas concessionárias. A diferenciação se dará na pintura e grafismos. As médias de consumo giram na casa dos 50 km/l.

Contudo, há duas distinções importantes em termos de segurança ativa. As rodas dianteiras e traseiras possuem 17 e 14 polegadas respectivamente, mas as rodas da Biz 110i são raiadas e de liga leve na 125. Os freios são outro ponto de destaque negativo na 110i: o dianteiro é a tambor de 130 mm e o traseiro, com a mesma defasagem tecnológica, tem 110 mm.

Já a unidade 125 tem freio a disco na roda da frente: são 220 mm de curso. O traseiro é igual ao da versão mais barata. O motor de 124,9 cm³ flex disponibiliza 9,2 cv e 1,04 kgfm de torque e suas médias de consumo são de aproximadamente 45 km/l.

Fácil de pilotar, a Honda Biz conquistou o mercado por trazer praticidade para o dia a dia de quem trabalha na cidade. Além de oferecer espaço para guardar capacete, a CUB tem rodas maiores que as Scooters de entrada, o que ajuda muito a transpor obstáculos mais acentuados.

Somando todos os fatores, a Biz é uma moto ainda mais fácil de pilotar do que a tão consagrada CG e por isso ela tem um público cativo.

A economia da Biz não está somente no consumo de combustível. As peças são baratas e, ao optar por uma unidade zero quilômetro, as revisões custam:

Para termos noção, as primeiras revisões da Biz 110i e 125 custam menos da metade do valor cobrado para a CG 160 Start. O motor da 110i carrega um litro de óleo, enquanto o 125 apenas 900 ml. Assim como na Honda CG, o óleo da Biz é grátis da terceira até a décima revisão e a garantia é de três anos sem limite de quilometragem. Ou seja, o consumidor precisa fazer as revisões na concessionária para manter a garantia e o óleo na faixa.

Entre a 110i e a 125, a tendência é optar sempre pela versão mais equipada, sobretudo pela questão da segurança nas frenagens. Porém, por quase R$ 3 mil a menos, a Honda 110i pode ser uma boa compra para quem prioriza economia de combustível, baixo custo de manutenção e pretende rodar somente na cidade.

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Fonte: direitonews

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