Homem se declara culpado de ameaçar explodir sinagogas e matar judeus nos EUA


Um morador do estado de Massachusetts, nos EUA, se declarou culpado durante audiência no Tribunal Federal de Boston, nesta segunda-feira (25), das acusações de ameaçar explodir sinagogas e matar judeus, incluindo crianças.

Em janeiro, o réu John Reardon, de 59 anos, fez uma ligação para a Congregação Agudas Achim, na cidade de Attleboro, ocasião na qual deixou uma mensagem de voz com as ameaças.

Os promotores do caso citaram alguns trechos do áudio enviado à sinagoga no início do ano. “Se vocês podem matar os palestinos, nós podemos matá-los” e “vocês percebem que apoiar o genocídio significa que é OK as pessoas cometerem genocídio contra vocês”.

Ainda segundo a acusação, dez minutos depois da primeira ligação, Reardon teria telefonado para outra sinagoga local e uma organização judaica, dizendo que iria “matar todos os judeus e pisar em seus bebês mortos no chão”, segundo documentos divulgados na audiência desta segunda-feira.

O homem de 59 anos se declarou culpado das acusações relacionadas a ameaças à comunidade judaica, bem como por outra acusação de perseguição relacionada ao consulado israelense em Boston.

O procurador-geral dos EUA, Merrick Garland, deu uma declaração neste mesmo dia, comentando sobre o aumento do antissemitismo no país e no mundo. “As ameaças do réu de bombardear sinagogas e matar crianças judias atiçaram o medo nos corações dos congregantes em um momento em que os judeus já estão enfrentando um aumento perturbador de ameaças”.

“Nenhuma pessoa e nenhuma comunidade neste país deveria ter que viver com medo da violência alimentada pelo ódio”, acrescentou Garland.

Um relatório divulgado pelo FBI em setembro apontou que casos envolvendo ações antissemitas atingiram um recorde no ano passado no país. Em 2023, foram registrados 1.832 casos de agressões físicas e verbais consideradas antissemitas, um aumento de 63% em comparação ao ano anterior.

De acordo o documento, os judeus foram alvos de ataques com mais frequência do que qualquer outro grupo religioso no país no último ano.

Fonte: gazetadopovo

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