Hiperglicemia é principal fator de risco para doenças cardiovasculares


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A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) estima que, somente em 2022, já morreram mais de 300 mil pessoas em decorrência de doenças cardiovasculares no Brasil — as condições que afetam o coração são as principais culpadas pelos óbitos registrados em geral no país.

Com o objetivo de diminuir este número, uma pesquisa realizada por cientistas do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da FMUSP (InCor), em São Paulo, revelou que alguns fatores de risco modificáveis estão diretamente relacionados com o número de mortes por doenças cardiovasculares. Foram coletadas informações entre 2005 e 2017 em 26 estados para chegar às conclusões.

A hiperglicemia, excesso de açúcar no sangue, por exemplo, foi o principal fator associado às chances de desenvolver as condições e a incidência do problema aumentou 9,5% no período analisado. A associação entre a alta glicose no sangue e mortalidade por doença cardiovascular foi de cinco a 10 vezes maior do que a encontrada para os outros fatores de risco, especialmente entre mulheres.

Entende-se por fatores de risco modificáveis aqueles que estão relacionados a hábitos como alimentação, sedentarismo, tabagismo e estresse. O estilo de vida exerce grande influência na saúde do coração — por isso, médicos afirmam que a mudança de costumes é essencial para prevenir e tratar doenças cardiovasculares.

Os pesquisadores utilizaram informações de bancos como o Global Health Data Exchange (GHDx), o Institute for Health Metrics and Evaluation (IHME), além de dados oficiais do Ministério do Desenvolvimento Social, Ministério da Saúde e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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Nos 12 anos de observação, os óbitos totais diminuíram 21,42%, e o único fator de risco que acompanhou essa queda foi o tabagismo, que caiu 33%. As campanhas nacionais de conscientização, somadas às leis antifumo aplicadas por todo o país, podem ajudar a explicar a prevenção ou adiamento de quase 20 mil mortes no período. Já a obesidade cresceu mais 31% e o colesterol alto, cerca de 5,2%.

O aumento da hiperglicemia resultou em mais de 6 mil mortes por doenças cardiovasculares e sua prevenção está relacionada com a qualidade da alimentação e prática regular de exercícios físicos. Estilos de vida que não priorizam alimentos in natura e dieta rica em nutrientes tendem a ter aumento de taxas de açúcar no sangue, situação associada ao diabetes tipo 2.

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