Haddad prevê ciclo com menor média de inflação desde o início do Plano Real


Ele discursou na 3ª Reunião Plenária do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável, que abordou os desafios do governo de Luiz Inácio Lula da Silva nos próximos meses.

“Tenho a firme convicção de que podemos chegar ao próximo ano com o melhor ciclo de crescimento econômico em uma década, na média 2,5% ao ano, e com o menor nível de desemprego da década, abaixo de 7%”, afirmou. “Já estamos com a menor taxa de desocupação desde 2014. Mantendo o crescimento econômico no patamar acima de 2% ao ano, devemos nos aproximar das mínimas históricas até 2026. As expectativas também indicam que teremos a menor taxa de inflação anual média em um ciclo de governo em toda a história do Plano Real, abaixo de 4% ao ano”, prosseguiu ele.

O ministro deu exemplos para justificar tamanho otimismo, como o crescimento de 2,9% do PIB em 2023, superior ao previsto, de 0,8%; o menor patamar histórico de desemprego, próximo de 7,5%; e o aumento dos rendimentos do trabalho (R$ 3.150).
“A inflação está dentro do limite da meta [3,9%] e bem inferior ao que os brasileiros vivenciaram no passado. Isso tudo sem perder de vista a estabilização da dívida bruta, prevista para ocorrer já em 2028.”
Hoje dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) apontaram que o mercado de trabalho formal no país gerou um saldo de 131.811 postos de trabalho com carteira assinada em maio.
Ele também citou a aprovação da reforma tributária pelo Congresso, ao frisar que esta garantirá o fim da guerra fiscal e mais previsibilidade, simplicidade e eficiência ao sistema tributário brasileiro.

“Implementamos nesse período ações fundamentais para garantir o equilíbrio fiscal com justiça social e a visão de país escolhida nas urnas. Tributamos as offshores e os fundos exclusivos, demos novo tratamento tributário para subvenções, além de regularizar os precatórios que foram alvo de calote do governo anterior”, elencou ele.

O aumento do salário mínimo, com reajuste a partir da inflação e do crescimento real do PIB, e o aumento da isenção do imposto de renda também foram citados por Haddad em seu discurso, além do aumento do valor pago pelo Bolsa Família, de R$ 88 bilhões para R$ 166 bilhões.

“O Desenrola [programa de renegociação de dívidas] foi algo extraordinário nesse sentido, porque colocou novamente no azul milhões de brasileiros atolados em dívidas de difícil quitação, muitas vezes movidas por juros impagáveis. Foram renegociados mais de R$ 53 bilhões em dívidas, 0,5% do PIB, diminuindo em 8,7% a inadimplência entre os mais pobres, principalmente do CadÚnico”, seguiu.

Haddad reiterou que o governo reconhece a necessidade de encarar as pressões do gasto público, sem esquecer dos mais vulneráveis:
“Temos que reconhecer que, infelizmente, o cenário externo se agravou, com a manutenção da meta da taxa de juros dos EUA. Isso nos traz desafios enormes, assim como para outros países. Entre os efeitos imediatos estão a desvalorização do câmbio, a pressão inflacionária e a menor perspectiva de redução dos juros no Brasil”, completou.
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Fonte: sputniknewsbrasil

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