Foi revelado que aproximadamente 60 mil e-mails foram subtraídos de dez contas diferentes pertencentes ao Departamento de Estado, que os funcionários do departamento informaram aos membros do Senado.
Embora as identidades das vítimas não tenham sido divulgadas, foi informado que todas, com exceção de uma, estavam relacionadas a atividades no Leste Asiático e no Pacífico, de acordo com o comunicado dos interlocutores, um dos quais é funcionário que atua no gabinete do senador Eric Schmitt, segundo um artigo do The New York Times.
A espionagem, que comprometeu contas de e-mail baseadas na Microsoft nos departamentos de Estado e de Comércio, foi relatada pela primeira vez em julho. Naquele momento, nem os funcionários do governo dos Estados Unidos nem os executivos da empresa Microsoft disseram quantas contas de e-mail acreditavam ter sido afetadas ou quantos e-mails foram roubados pelos hackers.
Washington não culpou oficialmente a China pela espionagem, mas várias autoridades norte-americanas, inclusive a secretária de Comércio Gina Raimondo, apontaram essa conexão, ressalta a publicação.
Os hackers obtiveram acesso a contas de e-mail de aproximadamente 25 organizações, incluindo agências do governo, usando um certificado roubado da Microsoft, segundo o comunicado dos funcionários do governo Biden.
Ainda não está claro qual era a natureza dos e-mails. As autoridades americanas minimizaram a possibilidade de que a invasão pudesse ter exposto informações confidenciais, dizendo que nenhuma conta de e-mail confidencial foi comprometida na invasão. As violações ocorreram poucas semanas antes da viagem do secretário de Estado, Antony Blinken, à China, 19 de junho.
Foi o primeiro de vários funcionários do gabinete a fazer a viagem como parte dos esforços do governo Biden para amenizar as perdas nas relações diplomáticas entre Washington e Pequim, ao mesmo tempo em que impõe restrições ao investimento americano em alguns setores da economia chinesa, escreve a mídia.
“Precisamos fortalecer nossa defesa a ataques cibernéticos e invasões semelhantes no futuro, e devemos examinar com atenção a dependência do governo federal em um único fornecedor como uma possível fraqueza”, disse o senador Eric Schmitt, comprometendo-se a buscar “respostas mais detalhadas dos funcionários para garantir que a China e outros invasores não obtenham acesso às informações mais confidenciais do governo federal“.
Fonte: sputniknewsbrasil