Um ano e meio depois de comprar a fábrica de Iracemápolis (SP) da Mercedes-Benz, a Great Wall Motors (GWM) anunciou que a unidade começará a funcionar no dia 1º de maio de 2024. Nessa data, iniciará a produção da Poer, a primeira picape híbrida flex nacional do mercado brasileiro. Em seguida, vai fabricar também um SUV híbrido.
Dessa forma, a Poer será a segunda picape híbrida vendida no Brasil. A primeira, a Ford Maverick, é movida somente a gasolina e vai estrear ainda no primeiro semestre. A caminhonete será o primeiro veículo a ser fabricado na planta do interior paulista e chegará às lojas em 2024.
A picape média estreou há três anos na China, mas passará por mudanças profundas para ser oferecida por aqui. Ela foi exibida quase sem camuflagem durante o anúncio e mostrou que seu visual será bem mais ousado e agressivo que o da versão asiática.
Em relação ao SUV, a GWM não especificou qual será o modelo, mas já sabemos que se trata do utilitário esportivo Haval H6, que foi lançado no início do ano no Brasil, mas importado da China. A empresa já havia declarado que o SUV seria fabricado em Iracemápolis em um segundo momento, pois a ideia seria transformá-lo em um veículo híbrido flex.
De acordo com a Great Wall, os modelos compartilharão a plataforma modular e a mecânica. O Haval H6 atual pode ser encomendado em três versões: híbrida convencional, híbrida plug-in e híbrida plug-in “esportiva”.
Na primeira opção, o motor é o 1.5 turbo a gasolina associado a um elétrico que produz 243 cv e 54,1 kgfm de torque. A segunda e terceira versões são equipadas com o mesmo 1.5 turbo, só que aliado a outros dois motores elétricos alimentados por uma bateria de 34 kWh. Com esse conjunto, a dupla desenvolve 393 cv de potência e 76 kgfm de torque.
É provável que a propulsão a combustão se mantenha com o 1.5 turbo, mas na sua versão flex, que poderá aumentar a potência e o torque.
Na primeira fase de operações, que começará ainda no primeiro semestre de 2023, o foco será na modernização e ampliação da linha de montagem. Com investimento de R$ 10 bilhões no país, a fabricante planeja aumentar a capacidade de produção dos atuais 20 mil veículos por ano para 100 mil unidades anuais. Todo o volume produzido será comercializado no Brasil e exportado para países da América Latina.
A fábrica de Iracemápolis será exclusiva para produção de modelos híbridos tradicionais, híbridos plug-in, elétricos e também vai investir na pesquisa de veículos movidos a hidrogênio nos próximos anos.
Quer ter acesso a conteúdos exclusivos da Autoesporte? É só clicar aqui para acessar a revista digital.
Fonte: direitonews