GWM Ora 03 Skin: 5 razões para comprar e 5 motivos para fugir


Ainda que não consiga competir com o BYD Dolphin nas vendas, o GWM Ora 03 Skin foi o vencedor do nosso comparativo dos carros elétricos da faixa dos R$ 150 mil. O hatch de estilo simpático pode ser a porta de entrada para os veículos livres de emissão e se mostra uma opção muito mais sofisticada que Renault Kwid e-Tech, Caoa Chery iCar e Jac E-JS1.

Autoesporte testou o GWM Ora Skin e traz cinco razões para comprar o hatch e cinco motivos para fugir dele. Confira:

1- Desempenho

Quem disse que carros compactos não podem ser divertidos? O Ora 03 tem o mesmo porte de um Honda City. Mas seu motor elétrico dianteiro entrega 171 cv, só alguns cavalos a menos que um Fiat Pulse Abarth, por exemplo.

Segundo números de fábrica, leva 8,2 segundos para ir de 0 a 100 km/h, novamente, marca excelente para um carro pequeno sem pretensões esportivas. Na prática, além da potência, o abundante torque de 25,5 kgfm garante arrancadas ágeis e ultrapassagens seguras.

2- Itens de segurança

+ Quer receber as principais notícias do setor automotivo pelo seu WhatsApp? Clique aqui e participe do Canal da Autoesporte.

Atualmente, recursos como seis airbags e alerta de ponto cego são comuns em carros dessa faixa de preço. Mas o Ora 03 Skin vai mais além e oferece um pacote completo de assistências ao condutor. Além do sétimo airbag (de joelho para o motorista), há frenagem automática de emergência com reconhecimento de pedestres e ciclistas, alertas de colisão frontal e traseira e de saída da faixa com correção no volante, reconhecimento de placas de trânsito e controlador de velocidade adaptativo, que mantém a distância programada para o veículo da frente.

3- Espaço interno

Como em todo carro elétrico moderno, o aproveitamento de espaço é um dos pontos fortes. Mesmo em uma carroceria compacta, de 4,24 metros de comprimento, a GWM conseguiu um entre-eixos digno de sedã: 2,65 m, como em um Volkswagen Virtus. Mas me arrisco a dizer que o pequeno hatch chinês tem melhor aproveitamento de espaço, graças ao assoalho plano.

Isso porque carros elétricos, além de ter conjunto mecânico ocupando menos espaço, ainda podem deslocar os eixos para as extremidades da carroceria, tornando o entre-eixos mais útil.

Por fim, a largura também é generosa para um carro pequeno: 1,83 m, ainda que isso não tenha relação com o tipo de propulsão do Ora.

4- Acabamento

O Ora 03 tem quatro opções de interior, sempre de acordo com a cor da carroceria: branco com interior marrom, vermelho com interior vermelho, preto com interior preto e azul com interior verde. Por um lado, significa que, se quiser uma cabine mais sóbria, terá que escolher o carro com pintura preta. Os demais tons são chamativos.

A boa notícia é que o interior do Ora 03 tem acabamento de excelente qualidade, mesclando tecido e couro. Mesmo as peças plásticas têm encaixe preciso e aspecto de boa qualidade. Há descanso de braço para o motorista e os paineis de portas são acolchoados.

5- Estilo

Podemos dizer que o Ora 03 é o hatch compacto com estilo menos convencional do nosso mercado. Tem linhas arredondadas que lembram ícones como o Volkswagen Fusca e o Porsche 911, mas não se parece uma cópia (a própria GWM tem outro modelo que vai nessa linha). A bordo, o motorista vai perceber que os para-lamas pronunciados podem atrapalhar um pouco a visibilidade, mas a carinha “simpática” atrai olhares curiosos nas ruas.

Ainda que esse seja um critério subjetivo, o estilo do Ora 03 Skin é mais agradável que o do rival, BYD Dolphin.

1- Porta-malas

Ainda que a carroceria seja comprida para um compacto, o entre-eixos generoso parece ter roubado o espaço do porta-malas. No compartimento, cabem apenas 228 litros. É menos que praticamente todos os outros hatches pequenos. Como comparação, o Citroën C3 acomoda 315 litros. E mesmo o BYD Dolphin Mini, com seu porte diminuto tem bagageiro maior, com 280 litros.

2- Ergonomia

O Ora 03 Skin tem os mesmos problemas de ergonomia do SUV Haval H6. O principal é a necessidade de sair das telas do Android Auto ou Apple CarPlay para ajustar a temperatura do ar-condicionado. Isso porque não há teclas dedicadas para os ajustes.

Além disso, os poucos botões da cabine estão posicionados de forma pouco intuitiva. O seletor de modos de condução, normalmente presente no console central, foi deslocado para a esquerda, junto das teclas de abertura do porta-malas, ajuste de altura dos faróis e o interruptor geral do veículo.

3- Funcionamento dos alertas

Ter um cardápio vasto de itens de segurança é um pouco muito positivo. Mas o funcionamento de alguns alertas chega a incomodar. Primeiro que, toda vez que o carro é ligado, o último ajuste é perdido. Assim, se você quiser algo diferente, terá que incluir isso no seu ritual ao sair de casa.

Quando ligado, o alerta de colisão frontal é presença constante no trajeto, entrando em ação mesmo em situações em que o motorista tem pleno controle do veículo, independente da sensibilidade desejada (há três níveis). Infelizmente, a solução para este inconveniente é desligar o sistema, que também desabilita a frenagem de emergência.

4- Autonomia

A versão de entrada do Ora 03 tem bateria de 48 kWh. Com isso, a autonomia segundo o Inmetro é de 232 km. No uso urbano, o motorista conseguirá uma marca melhor, já que o padrão brasileiro considera um dos piores cenários possíveis.

Por outro lado, se você precisa viajar com o Ora 03, é bom planejar o percurso. Isso porque, na prática, o alcance em rodovias, condição em que os carros elétricos exigem mais bateria, é menor. Em trajetos de 200 km, por exemplo, será preciso parar para uma recarga. E nem sempre a estrutura garante tranquilidade.

5- Tentativas de ser diferentão

Luz de seta no para-choque, alavanca de seta que e ausência de um botão de partida são tentativas de fazer do Ora 03 uma opção “moderninha”. Mas, pelo menos nesses quesitos citados, o hatch elétrico falha.

Quem está atrás do elétrico no trânsito tem dificuldade de ver se o motorista sinalizou uma conversão. Falando em sinalizar, a alavanca da seta não tem uma posição fixa de acionamento. Se o condutor quiser avisar que vai mudar de faixa, por exemplo, precisa dosar muito bem o movimento, afinal a seta simplesmente não desliga de forma automática.

Por último, não há um botão de partida. Quando as portas são abertas, o carro automaticamente está pronto para arrancar. Ao sair, basta colocar o câmbio na posição P, sair do carro e travar as portas. Mas isso pode causar certa confusão, principalmente ao deixar o carro em estacionamentos com manobristas. Ao menos nesse aspecto, há um botão que serve como “chave geral” do lado esquerdo do painel.

VÍDEO: HYUNDAI IONIQ 5 N PARECE ESPORTIVO A GASOLINA

Quer ter acesso a conteúdos exclusivos da Autoesporte? É só clicar aqui para acessar a revista digital.

Fonte: direitonews

Anteriores Município que pode colher quase metade do gergelim de MT recebe Circuito Aprosoja
Próxima Com população e tropas descontentes, Zelensky não tem ninguém a quem recorrer, exceto Putin?