GWM Ora 03 GT tem mais de 300 km de autonomia, segundo o Inmetro


A Great Wall Motors (GWM) lançou o seu primeiro carro elétrico no Brasil em agosto: o Ora 03. Mas o hatch só teve a autonomia divulgada agora pelo padrão do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). Desta forma, segundo dados do Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV), a versão topo de linha GT, que tem bateria de 63 kWh, pode rodar até 319 km. No ciclo europeu WLTP, o número considerado é de 400 km.

Já a configuração de entrada, chamada de Skin, continua sem dados de alcance pelo ciclo brasileiro. Portanto, segue tendo como base os 300 km de autonomia do padrão WLTP. Neste caso, a bateria tem capacidade de 48 kWh. O número “abrasileirado” deve ficar na casa dos 200 km.

Todas as configurações do GWM Ora 03 são equipadas com um motor elétrico dianteiro de 171 cv de potência e 25,5 kgfm de torque. Em comparação, o BYD Dolphin, seu principal concorrente, é vendido em versões com 95 cv e 204 cv, da recém-lançada opção Plus.

A autonomia do elétrico da Build Your Dreams é de 291 km (de acordo com o Inmetro) na versão de entrada e de 427 km (no ciclo WLTP) na configuração topo de linha, Plus. As baterias têm capacidade de 44,9 kW e 60,5 kWh, respectivamente.

Já as dimensões externas do Ora 03, que tem preços entre R$ 150 mil e R$ 184 mil, são um pouco maiores do que as do BYD. São 4,23 metros de comprimento, 1,82 m de largura e 1,60 m de altura. Os 2,65 m de entre-eixos, no entanto, são um pouco menores do que os 2,70 m do Dolphin. O porta-malas comporta 228 litros.

Até 2022, cada fabricante divulgava a autonomia dos veículos de acordo com um determinado padrão. A grande maioria adotava o WLTP, o mais usado na Europa, que mescla testes de laboratório de de rodagem nas ruas. Algumas ainda optavam pelo ciclo chinês – o mais otimista de todos, com alcances maiores.

No entanto, em 2023, o Inmetro resolveu mudar a forma de divulgar o alcance do veículo movido a energia elétrica. A justificativa para isso foi aproximar a autonomia anunciada com a que ele pode conseguir na vida real. Isso porque o órgão considera outros gastos energéticos, como o uso do ar-condicionado e de componentes elétricos do carro, que também consomem carga da bateria.

Portanto, o que acontece agora é que após os resultados dos testes de laboratório, um desconto que varia de 20% a 30%, como margem de erro, é aplicado no alcance dos carros. Ou seja, isso não significa que a autonomia dos elétricos diminui no ciclo PBEV. Na verdade, é só um ajuste para o número ser “real”.

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Fonte: direitonews

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