Após muitas promessas e expectativa, a GWM enfim vai começar a produzir carros no Brasil. Proprietária de um complexo em Iracemápolis (SP), que antes pertencia à Mercedes-Benz, a fabricante chinesa iniciará a montagem dos primeiros protótipos no local no começo de junho de 2025, com direito até a uma visita do presidente Lula. A expectativa é que os primeiros veículos produzidos em série saiam dois meses depois, em agosto. E serão todas as versões da família Haval H6.
Em coletiva com jornalistas na China, durante o Salão de Xangai, executivos brasileiros da GWM confirmaram afirmaram que as quatro versões do Haval H6 – HEV2, um híbrido pleno, PHEV19, PHEV34 e GT, estes híbridos plug-in – terão a produção iniciada simultaneamente no interior paulista. Inicialmente, a linha de SUVs médios nacional vai ser comercializada com motorização apenas a gasolina. A variante híbrida flex chega só em 2026, conforme adiantamos há algumas semanas.
De acordo com a GWM, os primeiros H6 nacionais terão índice de nacionalização na casa de 35%, mas o objetivo é substituir os componentes importados por outros de fornecedores locais a partir de 2026, a fim de aumentar o percentual para pelo menos 60%. De acordo com a montadora, há pelo menos 100 potenciais fornecedores nacionais em negociação.
Cerca de 400 funcionários estarão trabalhando em Iracemápolis no momento da inauguração da planta, mas a meta é subir o número de colaboradores no local para mais de 800 até o fim deste ano. A última etapa de adaptação do complexo é a preparação para a linha de alta tensão dos conjuntos híbridos, que demanda rigorosos padrões de segurança.
Questionados sobre se vão aproveitar o início da produção nacional para renovar o visual do Haval H6, seguindo o mesmo padrão lançado em 2024 na China e já registrado no Brasil, executivos da marca desconversam, mas afirmam que “em time que está ganhando não se mexe”. Vale lembrar que a família de SUVs médios foi lançada no Brasil em 2023 e a própria GWM prometeu não atualizar nenhum de seus produtos antes de um período de três anos.
Entretanto, protótipos do H6 renovado já foram flagrados em testes de rodagem no Brasil. O mais provável é que a GMW lance o SUV médio híbrido nacionalizado com o visual atual e deixe a reestilização para 2026, no mesmo momento em que lançará a motorização híbrida flex do modelo.
Além da família Haval H6, a GWM vai produzir outros dois produtos no Brasil: a picape média Poer, que deve ser lançada com versões híbridas plug-in flex, e um SUV 4×4 derivado da mesma plataforma. A fabricante já adianta que não será o Tank 300, considerado pequeno demais.
O favorito é um produto conhecido como Haval H9, construído sobre essa mesma arquitetura de chassi sobre longarinas. É possível que a GWM opte por lançar esse modelo rebatizado como um produto da linha Tank, mais voltada ao off-road.
O lançamento desses novos modelos 4×4 nacionais da marca deve ficar para o ano que vem, visto que eles serão montados em uma segunda linha de armação, ainda em fase de construção. Os produtos serão juntados em uma linha só a partir da fase de pintura, seguindo assim durante a montagem final.
A capacidade produtiva da fábrica da GWM no Brasil será de 50 mil veículos por ano. Dos R$ 10 bilhões em investimentos prometidos pela fabricante chinesa em nosso país dois anos atrás, R$ 4 bilhões já estão em execução e outros R$ 6 bilhões aguardam aval da matriz para serem desbloqueados.
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Fonte: direitonews