A sigla SUV quer dizer Veículo Utilitário Esportivo (“Sport Utility Vehicle”, em inglês). O nome sugere um carro robusto, capaz de encarar lama, terra, pedregulhos, cascalho e areia. Este não é o caso (e nem a proposta) do GWM Haval H6 PHEV — mas será que ele ainda é capaz de encarar algumas aventuras?
Partindo disso, reservei um tempo no fim de semana para levar o SUV híbrido plug-in a um lugar totalmente fora de seu ecossistema: a natureza. Mas se você é um motorista urbano e deseja saber como ele se comporta na cidade, clique aqui e confira outra avaliação especial da Autoesporte.
Bem, como já mencionamos, a GWM nos emprestou o Haval H6 híbrido plug-in por alguns meses para um teste mais longo e aguçado. Toda a equipe de Autoesporte dirigiu o SUV, incluindo grandes percursos na estrada e no dia a dia na cidade. Até a publicação desta avaliação, colocamos exatos 4.394 km em seu odômetro.
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Uma avaliação longa escancara todas as qualidades e defeitos do SUV. Clique aqui para saber o que gostamos e o que não gostamos no GWM Haval H6 PHEV neste período.
Faltava, porém, um teste mais voltado ao off-road, algo que foge completamente da proposta do SUV chinês. Aliás, essa tarefa nem cabe ao Haval no Brasil.
A GWM é formada por quatro submarcas: Haval (SUVs), Poer (picapes), Ora (carros elétricos) e Tank (utilitários esportivos de luxo). Sendo assim, a Tank será a responsável pelos carros com proposta fora de estrada, enquanto a Haval ficará restrita aos SUVs urbanos. O primeiro modelo da nova submarca da GWM deve chegar ao Brasil em 2024.
O Haval H6 PHEV tem motor 1.5 turbo com injeção direta. Ele funciona em conjunto com dois motores elétricos (um dianteiro e o outro traseiro), e desenvolve a potência combinada de 393 cv e 76 kgfm de torque.
Para energizar o motor elétrico, o Haval tem um generoso conjunto de baterias de 34 kWh, que proporciona 170 km de autonomia em ciclo NBR.
O GWM está longe de ser um utilitário raiz, mas ainda precisa ter competência para encarar certos terrenos. Nos finais de semana, donos de SUVs gostam de ir ao interior ou à praia, locais em que as ruas são esburacadas ou nem recebem pavimentação.
Durante a trilha, o SUV rodou apenas no modo elétrico, o que significa que eu teria torque instantâneo com uma leve pincelada do pé no acelerador. E assim aconteceu… Bastou pisar um pouco mais para vencer qualquer obstáculo — mesmo as subidas mais íngremes e escorregadias.
As rodas dianteiras do Haval são movidas pela combinação dos motores a combustão e elétrico. No eixo traseiro, o SUV é movido apenas por eletricidade.
O Haval pode encarar estradas de terra com os pés (ou as rodas) nas costas. A suspensão faz bom trabalho ao filtrar as trepidações e o balanço lateral da carroceria. A rigidez é adequada para não fazer a experiência a bordo do SUV parecer uma gangorra.
O isolamento acústico poderia ser melhor. Em alguns momentos, as rodas levantam pedrinhas que alvejam a parte interna das caixas de roda, causando um barulho incômodo.
Por causa da forte chuva no interior de São Paulo, trechos da estrada de terra estavam enlameados — tanto que sujei bastante o meu tênis para tirar algumas das fotos que você viu nesta matéria.
Mas, para a minha surpresa, o Haval não derrapou uma só vez. Vale dar os méritos à programação do controle de estabilidade e tração, que não permitiu que as rodas patinassem, mesmo quando estavam totalmente tomadas pela lama.
Para um carro urbano, pensado para rodar na cidade e na estrada, o Haval H6 PHEV é surpreendentemente confortável na estrada de terra. Se você tem um sítio ou uma casa na praia, o SUV vai proporcionar uma experiência bem convincente e econômica.
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Fonte: direitonews