Pelo menos sete produtos importados pelo país (petróleo, hulhas, adubos potássicos, adubos nitrogenados, outros tipos de adubos, trigo e alumínio) tiveram aumento médio de preço de 51%, no primeiro semestre deste ano (1S22), aponta estudo elaborado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), ao observar que, no mesmo período citado, a alta das importações nacionais, como um todo, subiu somente 18,4%.
Como causa determinante para a elevação brusca dos preços importados, a entidade destaca o conflito militar protagonizado por Rússia e Ucrânia, iniciado em fevereiro deste ano, que vem exercendo forte impacto global sobre uma série de produtos, insumos e commodities. Na verdade, a pressão sobre os preços importados pelo Brasil já vinha sendo sentida anteriormente, por conta da pandemia mundial.
Para o superintendente de Desenvolvimento Industrial da CNI, Renato da Fonseca, “de modo geral, não importamos muito da Rússia e da Ucrânia, mas são países importantes no fornecimento mundial de determinados produtos”.
Ao mesmo tempo, Fonseca acrescenta que “a pandemia já causou uma desorganização da cadeia global, e como era esperado, o conflito entre os dois países acirrou o impacto inflacionário, em razão do aumento de preços de importados importantes como petróleo, trigo e fertilizantes.”.
De acordo com estudos da CNI, atualmente, dos países que integram o chamado G20 (20 maiores economias do planeta), entre 2017 e 2021, o Brasil é o quinto país mais dependente diretamente de produtos da Rússia e Ucrânia, como principais fornecedores, além de ser o sexto no ranking de dependência indireta dos produtos citados.
Fonte: capitalist