Guarujá: Crise de segurança impacta valorização imobiliária e aumenta roubos


Após vivenciar um arrastão durante a virada do ano em Guarujá (SP), a turista Erivânia Gonçalves decidiu não retornar à cidade durante a alta temporada. A jovem Manoelle Moreno relata que frequenta a orla da cidade apenas com um único celular em mãos, para diminuir o risco de roubo. Já a vendedora de roupas Joyce Moraes prefere esconder seus pertences na cintura e usa apenas bijuterias prateadas, consideradas menos atraentes para os ladrões em comparação com joias de ouro. Além disso, uma atendente de um quiosque na Praia da Enseada avisa os clientes sobre a alta incidência de assaltos na área.

**Violência e impacto no mercado imobiliário**

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Conhecido anteriormente como Pérola do Atlântico, Guarujá tem se tornado mais notório por sua violência urbana do que por suas belezas naturais. Um ano após a Operação Escudo, que resultou em 105 mortes, a cidade ainda enfrenta altos índices criminais. O número de homicídios dobrou, passando de 17 para 34, e mortes decorrentes de intervenção policial aumentaram de 8 para 40. Por outro lado, os casos de latrocínio caíram de 1 para zero, e os roubos e furtos reduziram em 22% e 4%, respectivamente.

Os dados foram fornecidos pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública e publicados no GLOBO, com base em indicadores da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo.

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A violência tem contribuído para a desaceleração na valorização dos imóveis. O preço médio do metro quadrado em Guarujá aumentou apenas 7%, de R$ 5.767 em junho de 2023 para R$ 6.172 em junho de 2024, em contraste com o aumento de 11% em Santos e 10% na Praia Grande. O economista Rodger Campos explica que a valorização é afetada negativamente por fatores como crime e trânsito.

**Segurança nas praias e roubos frequentes**

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Na Praia de Pernambuco, uma das mais conhecidas do Guarujá, Manoelle Moreno, de 15 anos, estava vendendo açaí com sua família quando um grupo pediu informações sobre uma trilha e acabou sendo roubado e agredido. A Polícia Militar entrou em confronto com os assaltantes, todos menores de idade.

Uma atendente de um quiosque na Praia da Enseada, que prefere não ser identificada, relata que observa até quatro assaltos por dia durante a alta temporada. Os ladrões, geralmente menores, têm preferência por joias e celulares e muitas vezes se disfarçam de turistas.

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**Medidas de segurança pessoal**

Erivânia Gonçalves, de 41 anos, foi vítima de um arrastão na festa de réveillon e afirma se sentir mais segura em São Paulo. A vendedora Joyce Moraes, também de 41 anos, foi seguida por menores de bicicleta e agora evita andar sozinha à noite e usa apenas bijuterias.

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**Investigações e narcotráfico**

Recentemente, a Polícia Civil investigou lojas de venda e conserto de celulares em Guarujá após um aumento nos roubos de aparelhos. Em uma das operações, foram apreendidos 74 celulares sem procedência definida. A proximidade de Guarujá com o Porto de Santos contribui para o tráfico de cocaína, e as comunidades em áreas de difícil acesso facilitam as fugas dos criminosos. O delegado Rubens Barazal Teixeira descreve a cidade como uma “Meca do Narcotráfico”, dada a crescente criminalidade organizada na região.

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Fonte: gazetabrasil

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