O nível do Guaíba, no Rio Grande do Sul, atingiu neste domingo (19) o menor patamar desde o início das inundações que começaram no início de maio. De acordo com a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), às 16h15, a altura da água estava em 4,30 metros.
Em 5 de maio, o nível do Guaíba chegou ao seu ponto mais alto, alcançando 5,35 metros. No sábado (18), a medição registrou 4,53 metros, demonstrando uma redução de aproximadamente 20 centímetros em 24 horas.
O Guaíba deve permanecer acima dos 4 metros até o início da próxima semana e acima da cota de inundação, que é de 3 metros, até o final do mês, devido à possibilidade de mais chuvas. A água excedente flui em direção à Lagoa dos Patos, aumentando a cheia em cidades como Rio Grande e São José do Norte, antes de desembocar no Atlântico.
A Defesa Civil do Rio Grande do Sul emitiu um alerta na noite de quinta-feira (16) para a continuidade da elevação dos níveis da Lagoa dos Patos. Em uma previsão atualizada, o Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) indicou que a cheia deve ser duradoura, com uma redução lenta dos níveis do Guaíba abaixo dos 5 metros.
As chuvas recentes causaram uma inundação histórica que alagou pelo menos 303 mil edificações residenciais e 801 estabelecimentos de saúde em 123 cidades, conforme dados do IBGE e da UFRGS.
Neste domingo, começaram a ser utilizadas bombas de alta capacidade para realizar drenagem em pontos inundados no estado. Os equipamentos, doados pela Sabesp, a companhia de saneamento básico de São Paulo, conseguem remover até 3,3 mil litros de água por segundo e já estão sendo empregados em Porto Alegre e Canoas.
As fortes chuvas no Rio Grande do Sul resultaram em pelo menos 155 mortes, conforme atualização deste sábado (19). O número de vítimas pode aumentar nos próximos dias, pois ainda há 94 pessoas desaparecidas.
O Rio Grande do Sul enfrenta uma recuperação lenta e desafiadora após as inundações. As autoridades continuam em alerta, e esforços intensivos de drenagem e resgate estão em andamento para mitigar os impactos e evitar mais tragédias.
Fonte: gazetabrasil