Grupo fundado por senador de MT renegocia dívida de R$ 330 milhões e evita Recuperação Judicial


Após o grupo mato-grossense Raça Agro (GRA) finalizar o processo de mediação de R$ 330 milhões com credores, a empresa conseguiu um aumento no prazo de pagamento de seus compromissos financeiros para dez anos e reduziu as taxas de juros, sem utilizar os instrumentos de recuperação extrajudicial ou judicial. A medida ganhou destaque nesta terça-feira, dia 17, com uma reportagem no jornal de circulação nacional Valor Econômico em que destaca a atuação do grupo administrado pelos familiares do senador Wellington Fagundes (PL).

O GRA tem uma rede de produção e distribuição de insumos pecuários e garantiu a reestruturação de praticamente todos os seus débitos por meio de ampla negociação, abrangendo 14 agentes financeiros e 5 fornecedores. Os débitos da empresa venceriam em 2029.

“Com o acordo, o grupo evitou a necessidade de recorrer a processos de recuperação judicial ou extrajudicial, uma saída que ganhou corpo no agro nos últimos dois anos. O crescimento do número de pedidos de recuperação judicial e extrajudicial no campo foi um dos desdobramentos da queda dos preços das commodities agrícolas nesse período – as cotações passaram a cair depois de, refletindo os choques da pandemia de covid-19 e do início da guerra entre Rússia e Ucrânia, terem atingido picos históricos”, destaca a matéria.

O grupo mato-grossense acredita que o processo de renegociação dos débitos dará a ele fôlego novo para retomar os investimentos. A empresa quer aproveitar a virada do ciclo pecuário, que ocorrerá a partir do segundo trimestre de 2025, para intensificar a aposta em novas fontes de receita, como a venda de insumos agrícolas e drones para pulverização e semeadura de sementes de pastagens. A companhia prevê faturar, ao todo, R$ 2,2 bilhões no intervalo entre 2024 e 2027, quando espera ter lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação (Ebitda) recorrente de R$ 167 milhões.

A proposta inovadora do GRA de priorizar as negociações bilaterais amparadas na mediação se mostrou muito bem-sucedida, especialmente pelas diversas vantagens que o instrumento possibilitou tanto à companhia quanto aos credores. Além da rapidez na conclusão, a medida permitiu assinar acordos diretos, tratando as especificidades de cada credor e assegurou a preservação de capital de todos os agentes envolvidos.

João Antônio Fagundes, CEO do grupo Raça Agro, acredita que um pedido de recuperação judicial poderia sepultar os planos de expansão da empresa. A negociação resultou em acordos bilaterais para readequar os vencimentos em que não houve qualquer desconto sobre o principal dos débitos, nem oferta de novas garantias. O GRA estendeu até 2032 os prazos dos débitos de R$ 330 milhões, com diferenças caso a caso.

Com a renegociação, a companhia evitou o fechamento de lojas e a necessidade de vender ativos. Em cerca de 70% do passivo, o GRA conseguiu carência total de juros e também amortização de dois anos, o que vai ajudar a companhia a poupar caixa nos próximos três anos. O acordo reduziu o desembolso com amortização e juros que a empresa teria entre 2024 e 2027. A maior parte do pagamento começará em 2026. Os valores vão subir paulatinamente até a data da liquidação.

“Se, em uma crise, apresentarmos ao investidor, na primeira oportunidade, uma recuperação judicial que gere perdas para ele, vamos queimar as pontes com o principal financiador do agro”, disse Fagundes. Segundo o executivo, a companhia vai utilizar recursos da geração de caixa para fazer os novos investimentos.

A proposta inovadora do GRA de priorizar as negociações bilaterais amparadas na mediação se mostrou muito bem-sucedida, especialmente pelas diversas vantagens que o instrumento possibilitou tanto à companhia quanto aos credores. Além da rapidez na conclusão, a medida permitiu assinar acordos diretos, tratando as especificidades de cada credor e assegurou a preservação de capital de todos os agentes envolvidos.

João Antônio Fagundes, CEO do grupo Raça Agro, acredita que um pedido de recuperação judicial poderia sepultar os planos de expansão da empresa. A negociação resultou em acordos bilaterais para readequar os vencimentos em que não houve qualquer desconto sobre o principal dos débitos, nem oferta de novas garantias. O GRA estendeu até 2032 os prazos dos débitos de R$ 330 milhões, com diferenças caso a caso.

Com a renegociação, a companhia evitou o fechamento de lojas e a necessidade de vender ativos. Em cerca de 70% do passivo, o GRA conseguiu carência total de juros e também amortização de dois anos, o que vai ajudar a companhia a poupar caixa nos próximos três anos. O acordo reduziu o desembolso com amortização e juros que a empresa teria entre 2024 e 2027. A maior parte do pagamento começará em 2026. Os valores vão subir paulatinamente até a data da liquidação.

“Se, em uma crise, apresentarmos ao investidor, na primeira oportunidade, uma recuperação judicial que gere perdas para ele, vamos queimar as pontes com o principal financiador do agro”, disse Fagundes. Segundo o executivo, a companhia vai utilizar recursos da geração de caixa para fazer os novos investimentos.

Fonte: odocumento

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