Gritos de dor ecoam no Hospital Municipal de Cuiabá e prefeito culpa família


Da Redação

A Bronca Popular

Noite de terça-feira, 22 de julho de 2025. Os corredores do Hospital Municipal de Cuiabá estavam vazios, o silêncio só era rompido pelos gritos desesperados de uma jovem que se contorcia de dor sobre uma maca.

João Lucas, irmão da paciente, gravou a cena em desespero. “Estou com minha irmã gritando há mais de 15 minutos e não aparece nenhum médico para ajudar ela!”, denunciou.

A dor da jovem era lancinante, visível, insuportável — mas invisível para o sistema que deveria acolhê-la.

A paciente havia sido encaminhada para uma Unidade de Terapia Intensiva, mas a transferência foi cancelada por ordem do secretário-adjunto de saúde, que alegou que ela não teria condições de ser transferida. Um argumento que beira o absurdo — qualquer leigo sabe que a UTI oferece condições mais adequadas, seguras e dignas de tratamento intensivo.

Em vez de solidariedade ou providências, o prefeito Abílio Brunini (PL) preferiu lacrar nas redes.

Comentando a publicação feita pela página CPA Notícias, ele acusou a família de “prejudicar os cuidados” e ameaçou processar o irmão por expor o drama. “Nosso foco é atender o paciente. Em outro momento, tomaremos providências sobre o que ocorreu durante o atendimento”, disse, como se sua gestão não fosse diretamente responsável pelo colapso da saúde.

A dor da jovem foi tratada com descaso. O grito por socorro virou alvo de intimidação.

Em Cuiabá, denunciar a omissão pode ser mais arriscado do que sofrer com ela.

 

Fonte: abroncapopular

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