Greve dos Ônibus em SP: Prefeitura entra na Justiça para garantir 80% da frota


A Prefeitura de São Paulo ingressou com uma ação na Justiça do Trabalho nesta terça-feira, solicitando que a frota de ônibus da capital opere com 100% dos veículos nos horários de pico e 80% nos demais períodos, durante a greve dos funcionários das empresas de ônibus marcada para a próxima sexta-feira, dia 7.

A ação foi apresentada ao Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região por meio da SPTrans e da Procuradoria Geral do Município (PGM). Em resposta, o desembargador Davi Furtado Meirelles convocou uma audiência de conciliação para esta quarta-feira, às 16h, envolvendo o sindicato dos trabalhadores (SindMotoristas) e o sindicato patronal (SPUrbanus).

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“Para buscar a conciliação entre as partes e evitar a deflagração da greve, que causará prejuízo à circulação e afetará aproximadamente 4,3 milhões de passageiros diários, designo audiência para o dia 5 de junho de 2024, às 16h”, afirmou Meirelles em seu despacho. Ele também informou que a decisão sobre o pedido da Prefeitura será tomada ao final da reunião.

O sindicato dos motoristas, representado por Nailton Porreta, diretor do SindMotoristas, afirmou que cumprirá qualquer decisão judicial. “Se o Tribunal decidir que devemos colocar 100% da frota no horário de pico, nós vamos colocar. Vamos conscientizar os trabalhadores para fazer isso. No horário que é para recolher, nós vamos recolher também. Da nossa parte, não tem intransigência”, disse Porreta. Ele acrescentou que a categoria está disposta a operar com 100% da frota na sexta-feira se a Prefeitura conceder tarifa zero para a população.

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A decisão de realizar a greve foi tomada em assembleia na última segunda-feira, 3 de junho, pelo Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo (SindMotoristas). A paralisação está prevista para começar à meia-noite de sexta-feira e durar 24 horas, afetando cerca de 60 mil funcionários, incluindo motoristas, cobradores e operadores do setor de manutenção e fiscalização.

A SPTrans, responsável pela gestão do serviço de transporte de ônibus na cidade, informou que São Paulo possui 1.304 linhas operadas pelas concessionárias, e a greve poderá impactar os 4,3 milhões de usuários diários do transporte público. As linhas de ônibus intermunicipais, no entanto, continuarão operando normalmente.

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As reivindicações econômicas do sindicato incluem um reajuste salarial de 3,69% baseado no IPCA-IBGE, além de um aumento real de 5%. Os sindicalistas afirmam que os empregadores propuseram uma correção de 2,77%, com a diferença sendo composta pelo Salariômetro, índice medido pela Fipe, uma sugestão previamente rejeitada em assembleia.

O sindicato também pede a reposição das perdas salariais acumuladas durante a pandemia, calculadas em 2,46% pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), que ainda não foram corrigidas.

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O SPUrbanus, por sua vez, destaca a importância de continuar buscando um acordo e apela para que “os operadores evitem qualquer paralisação intempestiva que prive a população do serviço essencial de transporte coletivo, antes de esgotadas todas as possibilidades de negociação salarial”.

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Fonte: gazetabrasil

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