Governo Lula prevê redução no preço dos alimentos até abril


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu nesta quinta-feira (14) com os ministros Carlos Fávaro (Agricultura), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário), Fernando Haddad (Fazenda) e Rui Costa (Casa Civil), além do presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto. A estimativa da redução foi feita pelos ministros após o encontro.
Em relação ao arroz, que sofreu alta a partir do final do ano passado, Fávaro explicou que a alta foi causada por efeitos de enchentes em áreas de plantio, em especial no Rio Grande do Sul.

“O Rio Grande do Sul produz praticamente 85% do arroz consumido no Brasil e tivemos enchentes na região, exatamente nas áreas produtoras, mas os preços aos produtores já desceram de R$ 120 para em torno de R$ 100 a saca. A gente espera, com o caminhar da colheita, que esse preço caia. É importante que os atacadistas repassem esses preços ao consumidor.”

Dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) mostram que a alimentação no domicílio subiu 1,12% em fevereiro. Contribuíram para esse resultado as altas da cebola (7,37%), da batata-inglesa (6,79%), das frutas (3,74%), do arroz (3,69%) e do leite longa vida (3,49%).
Em janeiro, a categoria registrou taxa de 1,81%, considerada a maior para o primeiro mês em oito anos, desde 2016, quando a variação dos preços havia sido de 2,89%.
O ministro Paulo Teixeira ressaltou que é prioridade para o governo que os alimentos cheguem de forma acessível na mesa dos brasileiros.

“O presidente chamou a equipe de ministros para discutir essa alta do fim do ano. É uma preocupação que a comida chegue barata na mesa do povo brasileiro. Todo mundo assistiu ao excesso da alta temperatura no Centro-Oeste, as chuvas no sul do Brasil. Foi um aumento sazonal”, disse Teixeira.

Fávaro detalhou ainda ações visando os próximos anos que estão em andamento com o novo Plano Safra para estimular a produção de arroz, feijão, trigo, milho e mandioca, incluindo a compra de estoques públicos pela Conab, e o lançamento de contratos de opções para garantir preços mínimos, principalmente aos produtores da agricultura familiar.

“Tudo isso precisa de estímulo. A gente vai tomar medidas para que haja incentivo à produção de arroz, feijão, trigo, milho e mandioca no novo Plano Safra. A Conab tem um papel fundamental. Começamos a comprar estoques públicos no ano passado de milho, 360 mil toneladas, o que foi fundamental no problema climático do fim do ano.”

Fonte: sputniknewsbrasil

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