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O governo federal aumentou, a partir desta terça-feira (1º), as alíquotas do imposto de importação sobre veículos elétricos e híbridos. As novas tarifas variam entre 25% e 30%, conforme o tipo de veículo. A medida integra um cronograma gradual de retomada da taxação aprovado em novembro de 2023 pelo Comitê Executivo de Gestão (Gecex) da Câmara de Comércio Exterior (Camex), ligado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic).
Segundo o governo, o objetivo é fortalecer a indústria automotiva nacional e tornar os veículos produzidos no Brasil mais competitivos. A última etapa da reoneração está prevista para julho de 2026, quando a alíquota chegará a 35% para todos os tipos de veículos eletrificados importados.
A decisão vem em um momento de alta nas vendas de carros importados. De acordo com dados da Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores (Abeifa), entre janeiro e maio de 2025 foram emplacados 186.181 veículos importados no Brasil — um crescimento de 19,3% em relação ao mesmo período do ano anterior. Desse total, 92.743 unidades são de modelos eletrificados (elétricos, híbridos e híbridos plug-in), o que representa 49,81% dos veículos importados.
No cenário geral, conforme a Federação Nacional dos Distribuidores de Veículos Automotores (Fenabrave), foram vendidos 929.144 veículos leves e comerciais leves no país entre janeiro e maio de 2025. Os eletrificados importados, portanto, representam cerca de 9,98% do total de unidades vendidas no mercado nacional.
O cronograma de reoneração, no entanto, divide opiniões. Montadoras com fábricas no Brasil pressionam o governo para antecipar a última etapa da taxação, alegando a necessidade de maior proteção da indústria local. Já a Abeifa defende o cumprimento integral do calendário aprovado em 2023, argumentando que mudanças repentinas podem prejudicar a previsibilidade do setor e afetar negativamente os investimentos no mercado de veículos eletrificados.
Fonte: gazetabrasil