Golpistas usam fotos e vídeos de menina que morreu de câncer para criar vaquinha falsa


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Golpistas estão explorando o luto e a dor da família de Maria Flor Dantas, uma menina de 6 anos que faleceu em setembro após enfrentar um câncer raro e agressivo, o glioma pontino intrínseco difuso (DIPG). Perfis falsos e vaquinhas fraudulentas foram criados nas redes sociais em nome da criança, supostamente para arrecadar fundos para um tratamento que, na realidade, nunca existiu.

Os pais da menina, ainda em luto pela perda da filha, foram avisados sobre os perfis falsos por amigos que identificaram os golpes nas redes. O choque aumentou quando os criminosos, usando fotos e vídeos reais de Maria Flor e da família, começaram a solicitar dinheiro com alegações falsas. Juliana Dantas, mãe de Maria, relata que os golpistas chegaram a se passar pelo pai da menina em apelos por doações, e isso ainda mais doloroso para a família. “É angustiante ver uma pessoa se passando pelo pai dela, com nosso nome e nossas fotos, pedindo dinheiro”, desabafou Juliana ao g1.

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A mãe também explicou que, ao tentar denunciar as páginas falsas, teve seus próprios perfis no Instagram e no Facebook bloqueados, dificultando ainda mais a tentativa de alertar o público sobre a fraude. Sem acesso às redes, a família luta para desmascarar os criminosos, que têm ganho seguidores com a estratégia.

A trajetória de Maria Flor comoveu muitas pessoas nas redes sociais. Diagnosticada em 2022 com um tumor agressivo, Maria passou por um árduo tratamento, incluindo 30 sessões de radioterapia. Houve uma regressão inicial do tumor, e a menina chegou a retomar a vida normal por um período, até que os sintomas retornaram em agosto de 2023. Com esperança, a família encontrou uma nova possibilidade de tratamento experimental nos Estados Unidos, que exigia viagens mensais e custava cerca de R$ 40 mil mensais. Com a solidariedade de muitos, a vaquinha original arrecadou cerca de R$ 74 mil, ajudando a cobrir parte das despesas. Infelizmente, a doença progrediu e Maria faleceu no início de setembro.

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O caso de estelionato foi registrado na 82ª Delegacia de Polícia de Maricá, que já iniciou as investigações para identificar os golpistas e responsabilizá-los. A família espera que o caso sirva de alerta para outras famílias e doadores e deseja que as redes sociais possam restabelecer o perfil da mãe para que ela possa combater a fraude e preservar a memória da filha.

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Fonte: gazetabrasil

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