Via @jornaloglobo | Clientes da 123milhas estão recebendo mensagem de golpista por WhatsApp se passando pela empresa, solicitando o preenchimento de um formulário para restituição dos valores pagos pelos pacotes de viagens. O formulário pede dados pessoais e financeiros, como número do CPF, do cartão de crédito, validade e código de segurança. Com essas informações em mãos os criminosos podem fazer compras online com cartão.
A 123milhas pede a seus clientes que somente interajam diretamente com os canais oficiais da empresa disponibilizado no site. E orienta que ao receber esse tipo de mensagem não dê nenhuma informação ou clique em qualquer link.
O alerta do golpe foi pelo Instituto Brasileiro de Consumidores e Titulares de Dados (IBCTD) que suspeita de vazamento de dados de clientes da 123milhas. A empresa, no entanto, nega qualquer vazamento de informações de seus consumidores.
Nesta quinta-feira, a Justiça aceitou o pedido de recuperação judicial da 123milhas e suspende execuções de dívidas da empresa. A plataforma anunciou, em 18 de agosto, a suspensão de pacotes e a emissão de passagens de sua linha promocional, entre setembro e dezembro, dando o estopim para a crise.
Criminosos se passam pela 123milhas para roubar dados de consumidores — Foto: Reprodução
– É muito comum fraudadores se aproveitarem de um momento como este, em que as pessoas estão buscando alternativas para minimizar seus prejuízos junto à empresa. É preciso identificar de que maneira tiveram acesso às informações dos consumidores como datas, destinos, valores e formas de pagamento, pois essas informações, que deveriam estar protegidas é que levaram os consumidores acreditarem nas mensagens recebidas – diz Renata Ruback, diretora do IBCTD no Rio de Janeiro.
Ela orienta os consumidores que não consigam resolver seu problema diretamente com a 123milhas a registrar a reclamação na plataforma Consumidor.gov.br. E recomenda que nunca se preste informações de dados pessoais ou financeiros por WhatsApp.
Em formulário enviado por golpistas para pedido de restituição são pedidos dados como CPF, número e validade do cartão e até o código segurança, usado em operações virtuais de compra — Foto: Reprodução
Em formulário enviado por golpistas para pedido de restituição são pedidos dados como CPF, número e validade do cartão e até o código segurança, usado em operações virtuais de compra — Foto: Reprodução
– Nunca passe informações sem ter certeza que está em contato com a empresa. O ideal é antes de confirmar qualquer dado, fazer contato com os canais oficias da empresa e checar a veracidade da solicitação. Caso já tenha informado os seus dados no contato com o golpista, a melhor alternativa é buscar auxílio da operadora do cartão informando o ocorrido para impedir que sejam feitas transações em seu nome – orienta.
Renata explica que na mensagem, os golpistas se apresentam como um representante do site “Comission Federal de Comercio” que funcionaria como um SAC da 123milhas, uma empresa parceira que realiza as tratativas de plataformas de mediação como Consumidor.gov.br e o Reclame Aqui.
– É preciso que se faça um urgentemente um alerta aos consumidores e uma investigação minuciosa quanto ao possível vazamento de dados – avalia Renata.
Ela informa que instituto encaminhou a denúncia para a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), gestora do portal Consumidor.gov.br, e ao site Reclame Aqui para conhecimento e providências e à Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) para investigação sobre o vazamento de dados.
Fonte: @jornaloglobo
