‘Golpe não tem papel, tem fuzil e arma na cara’, diz Bolsonaro ao negar conhecer documentos achados


Após a primeira parte do julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que pode tornar o ex-presidente Jair Bolsonaro inelegível, acontecer na manhã de hoje (22), o ex-mandatário seguiu para Porto Alegre e na porta do evento da Transposul disse não saber o motivo da prorrogação do julgamento.
A sessão começou hoje às 09h00, mas foi suspensa depois da determinação do ministro Alexandre de Moraes. Nesta quinta-feira (22), discursaram o advogado do PDT , a defesa de Bolsonaro e o Ministério Público.
O tribunal julga a ação movida pelo PDT diante dos questionamentos feitos por Bolsonaro ao processo eleitoral, sem apresentar provas, em uma reunião com embaixadores em julho do ano passado.
Na capital gaúcha, o ex-presidente concedeu declarações acerca das acusações de golpe de Estado, após documentos motivando a ação serem encontrados no celular de seu ex-ajudante de ordens, Mauro Cid, e na casa de seu ex-ministro da Justiça, Anderson Torres.
“Não tive conhecimento [da minuta encontrada na casa do ex-ministro Anderson Torres]. Não existe golpe com respaldo jurídico. Golpe é pé na porta e arma na cara, meu deus do céu. Golpe tem que depor alguém. [Artigo] 142, GLO, tudo isso são remédios previstos na Constituição. […] Golpe não tem papel, tem fuzil. Dá pra entender isso? Existem mais de 300 pessoas presas em Brasília ainda. A maioria, 95%, cidadãos de bem. Quem depredou não foi pessoal do acampamento, foi quem veio de for”, afirmou o ex-presidente se referindo às invasões em Brasília em 8 de janeiro.
Segundo a mídia, Bolsonaro disse esperar que o tribunal siga a “jurisprudência de 2017”, em referência ao julgamento que absolveu da cassação a chapa Dilma-Temer. Na época, o TSE rejeitou o pedido por entender que o processo extrapolou o que havia inicialmente na ação.

“Eu continuo vivo. Pretendo colaborar com o meu país, de uma forma ou de outra. Continuo sendo o ex mais querido do Brasil”, complementou o ex-mandatário ao ser questionado se deixará a vida pública se ficar inelegível.

A próxima sessão do julgamento no TSE vai acontecer na terça-feira (27) que vem.

Fonte: sputniknewsbrasil

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